terça-feira

Os Presidentes do EUA

PARABÉNS MOZART !!!


Mozart: um dos mais importantes representantes da música clássica

Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em 27 de janeiro de 1756 na cidade austríaca de Salzburgo. Desde criança apresentou grande talento musical. Seu pai, Leopold Mozart, era compositor e estimulou os dons musicais do filho. Com este apoio paterno, começou a escrever duetos e pequenas composições para piano, ainda na infância.

No ano de 1763, seu pai o levou, para uma viagem pela França e Inglaterra. Na cidade de Londres, Mozart conheceu Johann Christian Bach, filho de Johann Sebastian Bach, cujas obras faziam grande sucesso em toda Europa.

Nos primeiros anos da década de 1770, visitou a Itália por três vezes. Neste país, compôs a ópera "Mitridate" que fez um grande sucesso. Logo em seguida, voltou a morar em Salzburgo, onde ele trabalhou como mestre de concerto, compondo missas, sonatas de igreja e serenatas.

A partir do começo da década de 1780 começa a viver da renda de seus concertos, da publicação de suas obras e de aulas particulares de música. A primeira metade desta década é a época de maior sucesso de sua vida. Compõe óperas importantes e de grande sucesso como Idomeneo (1781), O Rapto do Serralho (1782), sonatas para piano, música de câmara e concertos para piano.

No ano 1782, mesmo contra a vontade de seu pai, casa com Constanze Weber.

Compôs sua primeira ópera, “As bodas de Fígaro” no ano de 1786 com a ajuda do poeta italiano Lorenzo da Ponte (1749-1838). Embora sem muito sucesso na cidade de Viena, a obra atraiu a atenção de muitas pessoas na cidade de Praga. Recebeu uma encomenda para elaborar uma nova ópera. O resultado foi “Don Giovanni”, considerada por muitos especialistas sua grande ópera. No ano de 1789, escreve “Così fan tutte”.

Mesmo com o sucesso de suas obras, começa a enfrentar problemas financeiros no final da década de 1780. Para complicar ainda mais a situação, sua saúde e a de sua esposa começam a apresentar problemas. No ano de 1791, compõe as duas últimas obras de sua vida, as óperas “A Clemência de Tito” e “A flauta mágica”.

Com a saúde debilitada, morreu com apenas 35 anos de idade. A causa de sua morte foi, proavelmente, uma forte infecção intestinal.

ANTES E DEPOIS DE !!!!

ANTES E DEPOIS DE MAIAKOVSKIMaiakovski
(1893-1930)
Poeta russo
-

'Suicidado' após a revolução deLenin… escreveu, ainda no início do século XX:
-
Na primeira noite, eles se aproxima
me colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite,
já não se escondem,pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
-
Até que um dia, o mais frágil deles, entra
sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.
-
Depois de Maiakovski…
-
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
-
Bertold Brecht (1898-1956)
-
Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram
meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar...
-
Martin Niemöller, 1933 - símbolo da resistência aos nazistas.
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Primeiro eles roubaram nos sinais, mas não fui eu a vítima,
Depois incendiaram os ônibus, mas eu não estava neles;
Depois fecharam ruas, onde não moro;
Fecharam então o portão da favela, que não habito;
Em seguida arrastaram até a morte uma criança, que não era meu filho...
-
Cláudio Humberto, em 09 FEV 2007
-
Sócrates, logo no dia da posse, atacou os farmacêuticos...
Eu não disse nada, porque não sou farmacêutico.
A seguir atacou os magistrados; também nada disse, porque não sou magistrado.
Depois foi aos médicos e enfermeiros. Também nada disso é comigo.
A seguir congelou as carreiras dos funcionários públicos. Quero lá eu
saber, nem sou manga de alpaca.
Maltratou os polícias, os militares, os professores... os padres
também não escaparam!
Aumentou os impostos.
Aumentou a idade da reforma,a insegurança nas ruas, nas escola e até nas nossas casas.
Ah! Mas criou 'as novas oportunidades', 'o divórcio', a insegurança, o
crime, a violência, os 'canudos' de férias e domingos.
Hoje bateu à minha porta com a Lei da Mobilidade e atirou-me para o desemprego.
Já gritei e ninguém me ouve, até parece que a coisa só me afecta a mim.
O que os outros disseram foi depois de ler Maiakovski.
Incrível é como, após mais de cem anos, ainda nos encontremos tão desamparados, inertes e submetidos aos caprichos da ruína moral dos poderes governantes, que vampirizam o erário, aniquilam asinstituições e deixam aos cidadãos os ossos roídos e o direito ao silêncio: porque a palavra há muito se tornou inútil…Até quando?...
-
SIM, ATÉ QUANDO VAMOS FICAR A OLHAR SEM AGIR?????????

Música para aliviar a crise !!!!

É SÓ FAZER CLICK
Desenho de Deus (2006) Dandara (2005) Mulher Ideal(2002) Eu Sei (2004) Meu Ébano(2005) Passarela no ar(2006) Por mais que eu tente(2005) Se não é amor(2005) Epitáfio (2001) A Miragem (2001) A Loba(2001) Se quer saber (2002) Amor e Sexo(2003) As Loucuras de uma Paixão(1997) Vê se me erra(1992) Devagar...Devagarinho(1995) Dois (1997) A canção tocou na hora errada(1999) Mal Acostumado(1998) Paratodos(1993) Espanhola(1999) Partituras(1995) Sonhos(1994) Tem coisas que a gente não tira do coração(1996) Chama da Paixão(1994) Sol de Primavera(1994) Lenha (1999) Mulheres(1998) SE (1992) Beija eu (1991) O Canto da Cidade(1992) Nobre Vagabundo(1996) Recado(1990) Encontro das Águas(1993) Sozinho(1999) Ta na Cara(1998) Resposta ao Tempo(1998) Ainda lembro(1994) Nuvens(1995) Dez a Um(1997) Bem Querer(1998) Caça e Caçador(1997) Alma Gêmea(1995) Quem é Você(1995) Um Dia de Domingo(1985) Coração de Estudante(1983) Momentos(1983) Quarto de Hotel(1980) Se eu quiser falar com DEUS(1980) Meu Bem Meu Mal(1981) Você é Linda(1983) Baila Comigo(1980) Vai Passar(1984) Menino do Rio(1980) Oceano (1989) Fonte da Saudade(1980) Conselho(1986) Alma(1982) Mel na Boca(1985) Saigon(1989) De volta pro meu aconchego(1985) Faz parte do meu show(1988) Só Pra Contrariar(1986) Um Homem também chora(1983) Deslizes(1989) Bilhete(1980) Balada do Louco(1982) Viajante(1989) Um certo alguém(1983) Purpurina (1982) Verde (1985) O que é o que é (1982) Me dê Motivo(1983) Lança Perfume(1980) Estranha Loucura(1987) Tiro ao Álvaro(1980) Anos Dourados(1986) Caçador de mim(1980) Agonia (1980) Meu Bem Querer(1980) Ao que vai chegar(1984) Como Uma Onda(1983) Tudo com você(1983) Paixão(1981) Codinome Beija Flor(1985) Samba pra Vinicius(1980) Papel Machê (1984) Judia de Mim(1986) Brasil (1988) Ontem (1988) Encontros e Despedidas(1985) Nos bailes da vida(1981) Samurai (1982) O Caderno(1983) Pedacinhos(1983) O último romântico(1984) Cama e Mesa(1984) Todo o Sentimento(1987) Apesar de Você (1972) Grito de Alerta (1979) Naquela Mesa (1970) Detalhes (1970) Gabriela(1975) Gostava Tanto de Você(1973) Tigresa (1977) Coisinha do Pai(1979) Quando eu me chamar Saudade(1974) Canta Canta minha gente(1974) Foi um Rio que passou em minha vida(1970) Cio da Terra(1976) Juízo Final(1976) O Mar Serenou(1975) Gota D'Agua(1976) Não deixe o samba morrer(1975) Viagem (1973) Sufoco (1978) Bandolins(1979) Atrás da Porta(1972) Argumento(1975) Regra Três(1973) A paz do meu amor(1974) Toada(1979) Meu mundo e nada mais(1976) Você abusou(1971) Tristeza pé no chão(1972) Rosa de Hiroshima(1973) Valsinha(1971) Retalhos de cetim(1973) Águas de Março (1972) Começar de Novo ( 1978) Loucura (1979) Começaria Tudo Outra Vez(1976) Foi Assim (1977) Outra Vez(1977) Café da Manhã (1978) Folhas Secas(1973) Só Louco(1976) 1.800 Colinas(1974) Dança da Solidão(1972) Olho por Olho(1977) Conto de Areia(1974) A Deusa dos Orixás(1975) Alvorada no Morro(1973) Pra Você(1972) Os Amantes(1977) O Surdo(1975) Pedaço de Mim(1979) To Voltando(1979) Pela Luz dos Olhos Teus(1977) Se queres saber(1977) O Bêbado e a Equilibrista(1979) Wave (1977) Você (1974) Canto das Três Raças(1974) Desabafo(1979) Samba de Orly(1971) Seu Corpo(1975) Madalena(1970) Samba de uma Nota Só ( 1960) Disparada (1965) Travessia ( 1967) Matriz ou Filial ( 1964) Trem das Onze (1965) Viola Enluarada (1967) A Banda (1965) Cantiga por Luciana ( 1969) Carolina (1967) Festa de Arromba ( 1964) Hoje (1966) Upa Neguinho (1967) Prova de Fogo (1967) Samba do Avião(1967) Noite dos Mascarados(1967) Laranja Madura (1966) Mas que nada(1963) País Tropical(1969) Modinha(1968) Poema do Adeus(1961) Sem Fantasia(1967) Estão voltando as flores(1961) Samba em preludio(1962) Negue (1960) Garota de Ipanema ( 1962) Apelo (1967) O Barquinho ( 1961) Gente Humilde ( 1969) Minha Namorada (1962) Arrastão (1965) Alegria Alegria (1967) Caminhando (1968) Você passa eu acho graça(1968) Namoradinha de um amigo meu(1965) A Flor e o Espinho ( 1964) Preciso aprender a ser só(1965) Volta por cima(1962) Mulher de Trinta(1960) A Praça(1967) Chove Chuva(1963) Brigas(1966) Fotografia(1967) Andança(1968) Roda Viva(1967) Samba do crioulo doido(1968) Ninguém Me Ama( 1952) Eu Sei Que Vou Te Amar (1958) Saudosa Maloca ( 1955) Chega de Saudade ( 1958 ) Conceição ( 1956) Desafinado (1958) Esse seu olhar(1959) Iracema(1956) Dindi (1959) Ronda(1953) Evocação nº1(1957) Eu não existo sem você(1958) A Noite Do Meu Bem(1959) Se Todos Fossem Iguais a Você (1957) Castigo ( 1958) Ouça ( 1957) Lábios de Mel ( 1955) Molambo ( 1953 ) Estrela do Mar(1952) Tereza da praia(1954) Alguém como tu(1952) Evocação nº2(1958) E daí?(1959) A Deusa da Minha Rua ( 1940) Chuvas de Verão (1949) Copacabana ( 1947) Amélia (1941) Adeus -Cinco Letras que choram-( 1947) Última Inspiração( 1940) Marina ( 1947) Ave Maria no Morro (1942) Eu sonhei que tu estavas tão linda (1942) Atire a Primeira Pedra ( 1944) Brasileirinho ( 1949) Mensagem ( 1946) Velho Realejo( 1940) Caminhemos( 1947).

segunda-feira

domingo

Nada melhor para terminar a semana !!!

Nada melhor para terminar a semana, actualizem-se.....
Novo Acordo Ortográfico Algarvio:
Alevantar
O acto de levantar mas com convicção, com o ar de 'a mim ninguém mecome por parvo!... alevantei-me e fui-me embora!'.
Amandar
O acto de atirar com força:
O guarda-redes amandou a bola para bem longe'
Aspergic
Medicamento português que mistura Aspegic com Aspirina.
Assentar
O acto de sentar, só que com muita força, como fosse um tijolo a cairno cimento.
Capom
Porta de motor de carros que quando se fecha faz POM!
Destrocar
Trocar várias vezes a mesma nota até ficarmos com a mesma.
Disvorciada
Mulher que se diz por aí que se vai divorciar.
Entropeçar
Tropeçar duas vezes seguidas..
Êros
Moeda alternativa ao Euro, adoptada por alguns portugueses.
Falastes, dissestes...
Articulação na 4ª pessoa do singular.
Ex.: eu falei,
tu falaste,
ele falou,
TU FALASTES..
Fracturação
O resultado da soma do consumo de clientes em qualquer casa comercial.
Casa que não fractura... não predura.
Há-des
Verbo 'haver' na 2ª pessoa do singular:'Eu hei-de cá vir um dia;
tu há-des cá vir um dia....
Inclusiver
Forma de expressar que percebemos de um assunto.
E digo mais: eu
inclusiver acho esta palavra muita gira. Também existe a variante 'Inclusivel'.
Mô (Moss)
A forma mais prática de articular a palavra MEU e dar um ar afro à
língua portuguesa, como 'bué' ou 'maning'.
Ex.: Atão mô, tudo bem? ou 'Moss, deslarga-me da mão
Nha
Assim como Mô, é a forma mais prática de articular a palavra MINHA.
Para quê perder tempo, não é?
Fica sempre bem dizer 'Nha Mãe' e é uma poupança extraordinária.
Númaro
Também com a vertente 'númbaro'.
Já está na Assembleia da República uma proposta de lei para se deixar
de utilizar a palavra NÚMERO, a qual está em claro desuso. Por mim,
acho um bom númaro!
Parteleira
Local ideal para guardar os livros de Protuguês do tempo da escola.
Perssunal
O contrário de amador.
Muito utilizado por jogadores de futebol.
Ex.: 'Sou perssunal de futebol'.
Dica: deve ser articulada de forma rápida.
Pitaxio
Aperitivo da classe do 'mindoím'.
Prontus
Usar o mais possível. É só dar vontade e podemos sempre soltar
um 'prontus'! Fica sempre bem.
Quaise
Também é uma palavra muito apreciada pelos nossos pseudo-intelectuais....
Ainda não percebi muito bem o quer dizer, mas o problema deve ser meu.
Stander
Local de venda.
A forma mais famosa é, sem dúvida, o 'stander' de automóveis.
O 'stander' é um dos grandes clássicos do 'português da cromagem'...
Tipo
Juntamente com o 'É assim', faz parte das grandes evoluções da língua
portuguesa.
Também sem querer dizer nada, e não servindo para nada, pode ser usado
quando se quiser, porque nunca está errado, nem certo.
É assim... tipo, tás a ver?
Treuze
Palavras para quê? Todos nós conhecemos o númaro treuze.
Tiosque
Sitio onde se pode comprar jornais, revistas, pitaxios, etc.
Catatumbas
Sitio pra onde se pode ir depois de morto.
Ex: 'Ê cá nã quere ir pra uma catatumba quere ir pró chão'
Cromade
Opção que se exerce em vida pra quando se morre.
Ex: 'Ê cande morrer quere ser cromade'
Batoneira
Máquina que serve pra fazer betão, cimento.
Ex: 'Moss, liga a batoneira'
Bassora
Também com a vertente 'vassoira'.
Utensilio de limpeza de lixo.
Normalmente tem a ajuda da 'apá' para a recolha do dito cujo.
Arrelampa
Local com inclinação acentuada.
Ex: 'Moss, bora lá empurrar o barque aqui pla arrelampa'

A Madeira é um Jardim! Ou é ... do Jardim ?

A Madeira é um Jardim! Ou é...do Jardim? Quem é o palerma, quem é?


ISTO É QUE É UMA FAMILIA!!!!!!!!!!!!!!!!

Mas será que Vocês não percebem que estes Senhores nos chamam PALERMAS ????


Alberto João Jardim - Presidente do Governo Regional
Filha - Andreia Jardim - Chefe de gabinete do vice-presidente do Governo Regional
João Cunha e Silva - vice-presidente do governo Regional
Mulher - Filipa Cunha e Silva - é assessora na Secretaria Regional do Plano e Finanças
Maurício Pereira (filho de Carlos Pereira, presidente do Marítimo)assessor da assessora
Nuno Teixeira (filho de Gilberto Teixeira, ex. conselheiro da Secretaria Regional) é assessor do assessor da assessora
Brazão de Castro - Secretário regional dos Recursos Humanos
Filha 1 - Patrícia - Serviços de Segurança Social
Filha 2 - Raquel - Serviços de Turismo
Conceição Estudante - Secretária regional do Turismo e Transportes
Marido - Carlos Estudante - Presidente do Instituto de Gestão de Fundos Comunitários
Filha - Sara Relvas - Directora Regional da Formação Profissional
Francisco Fernandes - Secretário regional da Educação
Irmão - Sidónio Fernandes - Presidente do Conselho de administração do Instituto do Emprego
Mulher - Directora!!! do pavilhão de Basket do qual o marido é dirigente
Jaime Ramos - Líder parlamentar do PSD/Madeira
Filho - Jaime Filipe Ramos - vice-presidente do pai
Vergílio Pereira - Ex. Presidente da C.M.Funchal
Filho - Bruno Pereira - vice-presidente da C.M.Funchal, depois de ter sido director-geral!!!! do Governo Regional> > Nora - Cláudia Pereira - trabalha!!!!! na ANAM empresa que gere os> > aeroportos da Madeira
Carlos Catanho José - Presidente do Instituto do Desporto da Região Autónoma da Madeira
Irmão - Leonardo Catanho - director!!!! Regional de Informática (não sabia que havia este cargo) Rui Adriano - Presidente do Concelho de administração da Sociedade de Desenvolvimento!!!!! do Norte e antigo membro do Governo Regional
Filho - ???? - Director do Parque Temático da Madeira
João Dantas - Presidente da Assembleia Municipal do Funchal, administrador da Electricidade da Madeira e ex. presidente da C.M.Funchal
Filha - Patrícia - presidente do Centro de Empresas e Inovação da Madeira
Genro (marido da Patrícia) - Raul Caíres - presidente da Madeira
Tecnopólio (sabem o que isto é?)
Irmão - Luís Dantas - chefe de Gabinete de Alberto João Jardim
Filha de Luís Dantas - Cristina Dantas - Directora dos serviços Jurídicos da Electricidade da Madeira (em que o tio João Dantas é o administrador)
João Freitas, marido de Cristina Dantas director da Loja do Cidadão
E a lista continua.......

Ainda dizem que o continente precisava de um Alberto João Jardim!! Mas para quê...para os parasitas proliferarem??

CAMARADA Odete Santos !!!

CAMARADA Odete Santos. Pasmem!

Declaração de rendimentos da camarada Odete SantosDeputada e Presidente da Assembleia Municipal de Setúbal.Trabalho dependente-48.699,48€Trabalho Independente-6.860,19€Rendimentos prediais-1.369,38€Património Imobiliário - 1 prédio urbano em Setúbal, 1 fracção em Setúbal, 3 prédios rústicos na Guarda, 22 prédios rústicos na Guarda, alguns por doação. Automóveis - 1 ligeiro Lancia.Contas Bancárias - Certificados de aforro do instituto de gestão financeira no valor de 2.400.000 mil €. Mais 5 certificados de aforro no valor de 300 mil €, 621 mil €, 400 mil €, 1.613.000 mil €, 391 mil €.Declaração de 2005.
PORRA COM TODAS AS LETRAS!

sábado

MOMENTOS DE LUCIDEZ !!!

SOBRE O PAI DA DEMOCRACIA INDÍGENA!!!!


Mário Soares, num dos momentos de lucidez que ainda vai tendo, veio chamar a atenção do Governo, na última semana, para a voz da rua. A lucidez, uma das suas maiores qualidades durante uma longa carreira política.
A lucidez que lhe permitiu escapar à PIDE e passar um bom par de anos, num exílio dourado, em hotéis de luxo de Paris.A lucidez que lhe permitiu conduzir da forma «brilhante» que se viu o processo de descolonização.A lucidez que lhe permitiu conseguir que os Estados Unidos financiassem o PS durante os primeiros anos da Democracia.A lucidez que o fez meter o socialismo na gaveta durante a sua experiência governativa.A lucidez que lhe permitiu governar sem ler os «dossiers».A lucidez que lhe permitiu não voltar a ser primeiro-ministro depois de tão fantástico desempenho no cargo.A lucidez que lhe permitiu pôr-se a jeito para ser agredido na Marinha Grande e, dessa forma, vitimizar-se aos olhos da opinião pública e vencer as eleições presidenciais.A lucidez que lhe permitiu, após a vitória nessas eleições, fundar um grupo empresarial, a Emaudio, com «testas de ferro» no comando e um conjunto de negócios obscuros que envolveram grandes magnatas internacionais. A lucidez que lhe permitiu utilizar a Emaudio para financiar a sua segunda campanha presidencial.A lucidez que lhe permitiu nomear para Governador de Macau Carlos Melancia, um dos homens da Emaudio.A lucidez que lhe permitiu passar incólume ao caso Emaudio e ao caso Aeroporto de Macau e, ao mesmo tempo, dar os primeiros passos para uma Fundação na sua fase pós-presidencial.A lucidez que lhe permitiu ler o livro de Rui Mateus, «Contos Proibidos», que contava tudo sobre a Emaudio, e ter a sorte de esse mesmo livro, depois de esgotado, jamais voltar a ser publicado.A lucidez que lhe permitiu passar incólume às «ligações perigosas» com Angola, ligações essas que quase lhe roubaram o filho no célebre acidente de avião na Jamba (avião esse carregado de diamantes, no dizer do Ministro da Comunicação Social de Angola).A lucidez que lhe permitiu, durante a sua passagem por Belém, visitar 57 países («record» absoluto para a Espanha - 24 vezes - e França - 21), num total equivalente a 22 voltas ao mundo (mais de 992 mil quilómetros).A lucidez que lhe permitiu visitar as Seychelles, esse território de grande importância estratégica para Portugal.A lucidez que lhe permitiu, no final destas viagens, levar para a Casa-Museu João Soares uma grande parte dos valiosos presentes oferecidos oficialmente ao Presidente da República Portuguesa.A lucidez que lhe permitiu guardar esses presentes numa caixa-forte blindada daquela Casa, em vez de os guardar no Museu da Presidência da República.A lucidez que lhe permite, ainda hoje, ter 24 horas por dia de vigilância paga pelo Estado nas suas casas de Nafarros, Vau e Campo Grande.A lucidez que lhe permitiu, abandonada a Presidência da República, constituir a Fundação Mário Soares. Uma fundação de Direito privado, que, vivendo à custa de subsídios do Estado, tem apenas como única função visível ser depósito de documentos valiosos de Mário Soares. Os mesmos que, se são valiosos, deviam estar na Torre do Tombo.A lucidez que lhe permitiu construir o edifício-sede da Fundação violando o PDM de Lisboa, segundo um relatório do IGAT, que decretou a nulidade da licença de obras.A lucidez que lhe permitiu conseguir que o processo das velhas construções que ali existiam e que se encontrava no Arquivo Municipal fosse requisitado pelo filho e que acabasse por desaparecer convenientemente num incêndio dos Paços do Concelho.
A lucidez que lhe permitiu receber do Estado, ao longo dos últimos anos, donativos e subsídios superiores a um milhão de contos.A lucidez que lhe permitiu receber, entre os vários subsídios, um de quinhentos mil contos, do Governo Guterres, para a criação de um auditório, uma biblioteca e um arquivo num edifício cedido pela Câmara de Lisboa.A lucidez que lhe permitiu receber, entre 1995 e 2005, uma subvenção anual da Câmara Municipal de Lisboa, na qual o seu filho era Vereador e Presidente.A lucidez que lhe permitiu que o Estado lhe arrendasse e lhe pagasse um gabinete, a que tinha direito como ex-Presidente da República, na... Fundação Mário Soares.A lucidez que lhe permite que, ainda hoje, a Fundação Mário Soares receba quase 4 mil euros mensais da Câmara Municipal de Leiria.A lucidez que lhe permitiu fazer obras no Colégio Moderno, propriedade da família, sem licença municipal, numa altura em que o Presidente era... João Soares.A lucidez que lhe permitiu silenciar, através de pressões sobre o director do «Público», José Manuel Fernandes, a investigação jornalística que José António Cerejo começara a publicar sobre o tema.A lucidez que lhe permitiu candidatar-se a Presidente do Parlamento Europeu e chamar dona de casa, durante a campanha, à vencedora Nicole Fontaine.A lucidez que lhe permitiu considerar José Sócrates «o pior do guterrismo» e ignorar hoje em dia tal frase como se nada fosse.A lucidez que lhe permitiu passar por cima de um amigo, Manuel Alegre, para concorrer às eleições presidenciais uma última vez.A lucidez que lhe permitiu, então, fazer mais um frete ao Partido Socialista.A lucidez que lhe permitiu ler os artigos «O Polvo» de Joaquim Vieira na «Grande Reportagem», baseados no livro de Rui Mateus, e assistir, logo a seguir, ao despedimento do jornalista e ao fim da revista.A lucidez que lhe permitiu passar incólume depois de apelar ao voto no filho, em pleno dia de eleições, nas últimas Autárquicas.No final de uma vida de lucidez, o que resta a Mário Soares? Resta um punhado de momentos em que a lucidez vem e vai. Vem e vai. Vem e vai. Vai... e não volta mais.

sexta-feira

Os Putos deste tempo !!!

200 Anos Edgar Allam Poe

FERNANDO PESSOA
(1888-1935)

O CORVO

Numa meia-noite agreste,
quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de
ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o
que parecia
O som de alguém que batia
levemente a meus umbrais
«Uma visita», eu me disse, «está
batendo a meus umbrais.
E só isso e nada mais.»
Ah, que bem disso me lembro!
Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro,
urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada,
toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão) a
amada, hoje entre hostes
celestiais —
Essa cujo nome sabem as
hostes celestiais,
Mas sem nome aqui
jamais!

Como, a tremer frio e frouxo,
cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos
terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundindo
força, eu ia repetindo,
«É uma visita pedindo entrada
aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada
em meus umbrais.
É só isso e nada mais».

E, mais forte num instante, já
nem tardo ou hesitante,
«Senhor», eu disse, «ou
senhora, decerto me
desculpais;
Mas eu ia adormecendo,
quando viestes batendo,
Tão levemente batendo,
batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi...» E abri largos,
franquendo-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada
mais.

A treva enorme fitando,
fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando
que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz
profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um
nome cheio de ais —
Eu o disse, o nome dela, e o
eco disse aos meus ais.
Isto só e nada mais.

Para dentro estão volvendo,
toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo
som batendo mais e mais.
«Por certo», disse eu, «aquela
bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o
que são estes sinais.»
Meu coração se distraía
pesquisando estes sinais.
«É o vento, e nada
mais.»

Abri então a vidraça, e eis que,
com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo
dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento,
não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento
pousou sobre meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que
há por sobre meus umbrais.
Foi, pousou, e nada
mais.

E esta ave estranha e escura
fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus
ares rituais.
«Tens o aspecto tosquiado»,
disse eu, «mas de nobre e
ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das
trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas
trevas infernais.»
Disse-me o corvo,
«Nunca mais».
Pasmei de ouvir este raro
pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido
tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que
ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido
pousada nos seus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que
há por sobre seus umbrais,
Com o nome «Nunca
mais».

Mas o corvo, sobre o busto,
nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a
alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento
fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento,
«Amigo, sonhos — mortais
Todos — todos lá se foram.
Amanhã também te vais».
Disse o corvo, «Nunca
mais».

A alma súbito movida por frase
tão bem cabida,
«Por certo», disse eu, «são estas
vozes usuais.
Aprendeu-as de algum dono,
que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da
alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de
seu canto cheio de ais
Era este «Nunca mais».

Mas, fazendo inda a ave escura
sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do
alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei
de muita maneira
que qu'ria esta ave agoureira
dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos
maus tempos ancestrais,
Com aquele «Nunca
mais».

Comigo isto discorrendo, mas
nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma
cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a
cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha
vagas sombras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre
as sombras desiguais,
Reclinar-se-á nunca
mais!

Fez-me então o ar mais denso,
como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves
passos soam musicais.
«Maldito!», a mim disse, «deu-te
Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te.
Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e
que faz esses teus ais!»
Disse o corvo, «Nunca
mais».

«Profeta», disse eu, «profeta —
ou demónio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos
somos fracos e mortais,
Dize a esta alma entristecida se
no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre
hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as
hostes celestiais!»
Disse o corvo, «Nunca
mais».

«Que esse grito nos aparte, ave
ou diabo!, eu disse. «Parte!
Torna à noite e à tempestade!
Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a
mentira que disseste!
Minha solidão me reste!Tira-te
de meus umbrais!»
Disse o corvo, «Nunca
mais».

E o corvo, na noite infinda, está
ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há
por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha dor
de um demónio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha
sombra no chão mais e mais,
E a minh'alma dessa sombra,
que no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca
mais!

FERNANDO PESSOA
(1888-1935)
Versão original em Inglês de “O Corvo” por Edgar Allan Poe

quinta-feira

Um engenhoso discurso

Um exemplo engenhoso do discurso e da política ocorreu recentemente na Assembleia das Nações Unidas Um representante de Palestina começou: Antes de começar a minha intervenção, quero dizer-lhes algo sobre Moisés.Quando partiu a rocha e inundou tudo de água, pensou, "que oportunidade boa de tomar um banho!" Tirou a roupa, colocou-a ao lado sobre a rocha e entra na água. Quando saiu e quis vestir-se, a roupa tinha desaparecido. "Um judeu tinha-a roubado".O representante Israelita saltou furioso e disse: "que é que você está a dizer? Os judeus nem estavam lá nessa altura."O representante Palestiniano sorriu e disse: "e agora que se tornou tudo claro, vou começar o meu discurso."

quarta-feira

Ary dos Santos - Biografia e Poemas

LISBOA
1937-1984
Poeta castrado não!

Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.

Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:

Da fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa -
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?

Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal -
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?

E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!

Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!"
-
BIOGRAFIA
-
Poeta português, natural de Lisboa. Saiu de casa aos 16 anos, exercendo várias actividades como meio de subsistência. Revelando-se como poeta com a obra Asas (1953), publicou, em 1963, o livro Liturgia de Sangue, a que se seguiram Azul Existe, Tempo de Lenda das Amendoeiras e Adereços, Endereços (todos de 1965). Em 1969, colaborou na campanha da Comissão Democrática Eleitoral e, mais tarde, filiou-se no Partido Comunista Português, tendo tido uma intervenção politizada, mas muito pessoal. Ficou sobretudo conhecido como autor de poemas para canções do Concurso da Canção da RTP. Os seus temas «Desfolhada» e «Tourada» saíram ambos vencedores. Em 1971, foi atribuído a «Meu Amor, Meu Amor», também da sua autoria, o grande prémio da Canção Discográfica. Declamador, gravou os discos «Ary Por Si Próprio» (1970), «Poesia Política» (1974), «Bandeira Comunista» (1977) e «Ary por Ary» (1979), entre outros. Publicou ainda os volumes Insofrimento In Sofrimento (1969), Fotos-Grafias (1971), Resumo (1973), As Portas que Abril Abriu (1975), O Sangue das Palavras (1979) e 20 Anos de Poesia (1983). Em 1994, foi editada Obra Poética, uma colectânea das suas obras. Personalidade entusiasta e irreverente, muitos dos seus textos têm um forte tom satírico e até panfletário, anticonvencional, contribuindo decisivamente para a abertura de novas possibilidades para a música popular portuguesa. Deixou cerca de 600 textos destinados a canções.

HOMENAGEM A ARY DOS SANTOS

Original é o poeta
Que se origina a si mesmo
que numa sílaba é seta
noutro pasmo ou cataclismo
o que se atira ao poema
como se fosse um abismo
e faz um filho ás palavras
na cama do romantismo.
Original é o poeta
capaz de escrever um sismo.
Original é o poeta
d origem clara e comum
que sendo de toda a parte
não e de lugar algum.
O que gera a própria are
na força de ser só um
por todos a quem a sorte faz
devorar um jejum.
Original é o poeta
que de todos for só um.
Original é o poeta
expulso do paraiso
por saber compreender
o que é choro e o riso;
quele que desce á rua
bebe copos quebra nozes
e ferra em quem tem juizo
versos brancos e ferozes.
Original é o poeta
que é gato de sete vozes.
Original é o poeta
que chegar ao despudor
de escrever todos os dias
como se fizesse amor.
Esse que despe a poesia
como se fosse uma mulher
e nela emprenha a alegria
de ser um homem qualquer.

HISTÓRIA DE PORTUGAL


Em 7 minutos e alguns segundos seria dificil fazer melhor. A minha proposta é que se torne o texto oficial nas escolas. Ao menos isto poderão aprender. Seria inserir este video no magalhães, no disco rigido - lembrem-se que o Magalhães é citado como o primeiro emigrante e quem soubesse isto podia entrar na Universidade.

domingo

Homenagem a Miguel Torga

Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho
Novo.
Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pinoA voar...
---------------------------
Súplica
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.

MIGUEL TORGA


Escritor português natural, de São Martinho de Anta, Vila Real. Proveniente de uma família humilde, teve uma infância rural dura, que lhe deu a conhecer a realidade do campo, sem bucolismos, feita de árduo trabalho contínuo. Após uma breve passagem pelo seminário de Lamego, emigrou com 13 anos para o Brasil, onde durante cinco anos trabalhou na fazenda de um tio, em Minas Gerais, como capinador, apanhador de café, vaqueiro e caçador de cobras. De regresso a Portugal, em 1925, concluiu o ensino liceal e frequentou em Coimbra o curso de Medicina, que terminou em 1933. Exerceu a profissão de médico em São Martinho de Anta e em outras localidades do país, fixando-se definitivamente em Coimbra, como otorrinolaringologista, em 1941. Ligado inicialmente ao grupo da revista Presença, dele se desligou em 1930, fundando nesse mesmo ano, com Branquinho da Fonseca (outro dissidente), a Sinal, de que sairia apenas um número. Em 1936, lançou outra revista, Manifesto, também de duração breve. A sua saída da Presença reflecte uma característica fundamental da sua personalidade literária, uma individualidade veemente e intransigente, que o manteve afastado, por toda a vida, de escolas literárias e mesmo do contacto com os círculos culturais do meio português. A esta intensa consciência individual aliou-se, no entanto, uma profunda afirmação da sua pertença à natureza humana, com que se solidariza na oposição a todas as forças que oprimam a energia viva e a dignidade do homem, sejam elas as tiranias políticas ou o próprio Deus. Miguel Torga, tendo como homem a experiência dos sofrimentos da emigração e da vida rural, do contacto com as misérias e com a morte, tornou-se o poeta do mundo rural, das forças telúricas, ancestrais, que animam o instinto humano na sua luta dramática contra as leis que o aprisionam. Nessa revolta consiste a missão do poeta, que se afirma tanto na violência com que acusa a tirania divina e terrestre, como na ternura franciscana que estende, de forma vibrante, a todas as criaturas no seu sofrimento. Mas essa revolta, por outro lado, não corresponde a uma arreligiosidade ou recusa da transcendência. A sua obra, recheada de simbologia bíblica, encontra-se, antes, imersa num sentido divino que transfigura a natureza e dignifica o homem no seu desafio ou no seu desprezo face ao divino. A ligação à terra, à região natal, a Portugal, à própria Península Ibérica e às suas gentes, é outra constante dos textos do autor. Ela justifica o profundo conhecimento que Torga procurou ter de Portugal e de Espanha, unidos no conceito de uma Ibéria comum, pela rudeza e pobreza dos seus meios naturais, pelo movimento de expansão e opressões da história, e por certas características humanas definidoras da sua personalidade. A intervenção cívica de Miguel Torga, na oposição ao Estado Novo e na denúncia dos crimes da guerra civil espanhola e de Franco, valeu-lhe a apreensão de algumas das suas obras pela censura e, mesmo, a prisão pela polícia política portuguesa. Contista exímio, romancista, ensaísta, dramaturgo, autor de mais de 50 obras publicadas desde os 21 anos, estreou-se em 1928 com o volume de poesia Ansiedade. Também em poesia, publicou, entre outras obras, Rampa (1930), O Outro Livro de Job (1936), Lamentação (1943), Nihil Sibi (1948), Cântico do Homem (1950), Alguns Poemas Ibéricos (1952), Penas do Purgatório (1954) e Orfeu Rebelde (1958). Na ficção em prosa, escreveu Pão Ázimo (1931), Criação do Mundo. Os Dois Primeiros Dias (1937, obra de fundo autobiográfico, continuada em O Terceiro Dia da Criação do Mundo, 1938, O Quarto Dia da Criação do Mundo, 1939, O Quinto Dia da Criação do Mundo, 1974, e O Sexto Dia da Criação do Mundo, 1981), Bichos (1940), Contos da Montanha (1941), O Senhor Ventura (1943, romance), Novos Contos da Montanha (1944), Vindima (1945) e Fogo Preso (1976). É ainda autor de peças de teatro (Terra Firme e Mar, 1941; O Paraíso, 1949; e Sinfonia, poema dramático, 1947) de volumes de impressões de viagens (Portugal, 1950; Traço de União, 1955) e de um Diário em dezasseis volumes, publicado entre 1941 e 1994. Notável pela sua técnica narrativa no conto, pela expressividade da sua linguagem, frequentemente de cunho popular, mas de uma força clássica, fruto de um trabalho intenso da palavra, conseguiu conferir aos seus textos um ritmo vigoroso e original, a que associa uma imagística extremamente sugestiva e viva. Várias vezes premiado, nacional e internacionalmente, foram-lhe atribuídos, entre outros, o prémio Diário de Notícias (1969), o Prémio Internacional de Poesia (1977), o prémio Montaigne (1981), o prémio Camões (1989), o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (1992) e o Prémio da Crítica, consagrando a sua obra (1993). Em 2000, é publicado Poesia Completa