sexta-feira

As Mulheres de Maio

Pari um filho, na dor das cerejeiras,

nas enxadas cansadas da terra.


Levantei-o!


Ergui-o com força nos meus pulsos...

Os gritos da multidão iam chegando,

em camisas suadas, embebidas

pelo sol nascente, pela chuva presente.


A malga da sopa sabia a sirenes triviais,

que teimosamente sancionavam a fome

em goladas de jejum quase penitente.


Pari um filho, que amadureceu em Maio

a voz de quem o pariu...com a mesma força!

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