quarta-feira

Chaminés Algarvias

, Publicado por A.David

A FALTA DE VERGONHA

O modo como se tem desenvolvido a vida das grandes empresas, nomeadamente da banca e dos seguros, envolvendo BCP e Banco de Portugal, incluindo as remunerações dos seus administradores e respectivas mordomias, transformou-se num escândalo nacional, criando a repulsa generalizada.É consensual que o país precisa de grandes reformas e tal esforço deve ser reconhecido a este Governo (mesmo com os erros e exageros que têm acontecido).Alguém tinha de o fazer e este Governo arregaçou as mangas para algo que já deveria ter ocorrido há muito tempo. Mas não tocou nestes grandes beneficiários que envergonham a democracia, com a agravante de se pedirem sacrifícios à generalidade da população que já vive com muitas dificuldades.O excesso de benefícios daqueles administradores já levou a que o próprio Presidente da República tivesse sentido a obrigação de intervir publicamente.Mas tudo continua na mesma; a promiscuidade entre o poder político e o económico é um facto e feito com total despudor.Uma
recente sondagem Gallup a nível mundial, e também em Portugal, mostra a falta de confiança que existe nos responsáveis políticos deste regime.Tenho 47 anos de serviço ao Estado, nas mais diferentes funções de grande responsabilidade, sei como se pode governar com sentido de serviço público, sem qualquer vantagem pessoal, e sei qual é a minha pensão de aposentação publicada em D.R.Se sinto a revolta crescente daqueles que comigo contactam, eu próprio começo a sentir que a minha capacidade de resistência psicológica a tanta desvergonha, mantendo sempre uma posição institucional e de confiança no sistema que a III República instaurou, vai enfraquecendo todos os dias.Já fui convidado para encabeçar um movimento de indignação contra este estado de coisas e tenho resistido.Mas a explosão social está a chegar. Vão ocorrer movimentos de cidadãos que já não podem aguentar mais o que se passa.É óbvio que não será pela acção militar que tal acontecerá, não só porque não resolveria o problema mas
também porque o enquadramento da UE não o aceitaria; não haverá mais cardeais e generais para resolver este tipo de questões. Isso é um passado enterrado. Tem de ser o próprio sistema político e social a tomar as medidas correctivas para diminuir os crescentes focos de indignação e revolta.Os sintomas são iguais aos que aconteceram no final da Monarquia e da I República, sendo bom que os responsáveis não olhem para o lado, já que, quando as grandes explosões sociais acontecem, ninguém sabe como acabam. E as más experiências de Portugal devem ser uma vacina para evitar erros semelhantes na actualidade.É espantosa a reacção ofendida dos responsáveis políticos quando alguém denuncia a corrupção, sendo evidente que deve ser provada; e se olhassem para dentro dos partidos e começassem a fazer a separação entre o trigo e o joio? Seria um bom princípio!Corrija-se o que está errado, as mordomias e as injustiças, e a tranquilidade voltará, porque o povo compreende os sacrifícios se forem dist ribuídos por todos.
-
General Garcia Leandro

-
Observação do Coronel Manuel Amaro Bernardes:

Este General tem grande experiência política. Foi Governador de Macau no período complicado do pós 25 de Abril de 1974 e é um estudioso dos assuntos internacionais e de segurança. Actualmente está à frente do Observatório de Segurança. De facto a situação deve merecer a maior reflexão, pois estamos lembrados do sucedido em anos anteriores em França, com os grandes incidentes de rua.
-
Manuel Bernardo

Sr. Major, demita-se

Vou directo ao assunto, não faço rodeios.
O Sr. Major Valentim Loureiro é Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, sendo pois um órgão da mesma.Nos termos do Art.º 26.º dos Estatutos da LPFP, a Assembleia Geral é o órgão supremo da Liga.Ou seja, por outras palavras, o Sr. Major está para o futebol profissional como o Presidente da Assembleia da República está para o poder político.Não terá funções executivas, mas constitui um referencial e uma representação da instituição, no seu caso mais marcadamente, porquanto transitou para esse cargo depois de ter sido Presidente da Liga.Indiscutivelmente, o Sr. Major é uma das caras (entre outras coisas) do futebol profissional em Portugal.O Sr. Major decidiu permanecer nas funções de Presidente da Mesa, não obstante as acusações e processos que sobre si impendem.Devo dizer, desde logo, que acho mal.Acho mal, porquanto a questão não se coloca num ponto de vista jurídico, outrossim numa perspectiva ética.Por outras palavras, não interessará tanto saber se a prova recolhida através das escutas telefónicas pode ser usada no âmbito do processo penal ou das sanções disciplinares do Conselho de Disciplina e do Conselho de Justiça; o que releva é que o então Presidente da Liga agia com outros agentes do futebol da forma que as conversas telefónicas abundantemente ilustram.E se o Sr. Major acha esse relacionamento estatutário, normal e legítimo, eu não acho.Devo mesmo dizer que, como dirigente de um clube que está fora desses Apitos Dourados e Apitos Finais, convivo mal com essa promiscuidade.O mesmo se aplica relativamente aos trabalhos da Assembleia Geral da Liga que visam alterar o Regulamento Disciplinar da mesma; quem, perante as embrulhadas em que o Sr. Major está metido, pode levar a sério o que se passou, em matéria de alteração da moldura e agravamento das sanções de determinados delitos (corrupção, coacção), convenientemente chutadas (é o termo) para as calendas?Sr. Major, pode esconder-se por detrás de todos os subterfúgios processuais e disciplinares, relativamente aos casos em que está envolvido; pode até ser absolvido.Simplesmente tal circunstancialismo não altera o juízo ético que se impõe relativamente às suas condutas, mesmo que quem sofra seja o Boavista ou o Gondomar; e nessa apreciação deixe-me que lhe diga, o Sr. Major não fica nada bem na fotografia…Não quero aprofundar os motivos pelos quais se pretende manter na Liga.Quero apenas dizer-lhe isto: a simples presença do Sr. Major afecta a credibilidade do futebol.Faça então um favor ao futebol, aos adeptos e se calhar a si mesmo.
-
Demita-se*Vice-presidente do Conselho Directivo do Sporting

Deputado Português

Deputado Portugues

Um deputado ia a caminho de casa quando observou três Homens maltrapilhos a comer erva à beira da estrada. Ordenou ao motorista da sua limusine que parasse, saiu do veículo eperguntou:
-
- Porque é que vocês estão a comer a erva?
- Porque nós estamos desempregados e não temos dinheiro pra comprar comida.
- Bem, vocês podem vir comigo para a minha casa!
- Mas...doutor, eu estou com a minha mulher, três filhos e mais estes dois colegas.
- Não tem problema. Traga-os também.
-
Imediatamente todos se foram acomodando na limusine e seguiram para casa do deputado. No meio do caminho, o homem comentou com o político:
-
- O senhor é muito gentil. Obrigado por nos levar para a sua casasenhor!
-
E o deputado:
- Não tem de quê! Vocês vão adorar a minha casa. A erva está com quase um palmo de altura.

A Carta que define o HOMEM

Carta cujo signatário foi, ao tempo da Guerra do Ultramar,um destacado elemento da minha Unidade ( Grupos Especiais Paraquedistas), em Moçambique. Era ele então Alferes e comandava um Grupo Especial, considerado" Muito Bom".
Possuidor de uma excelente capacidade de comando e elevados dotes de coragem, obteve assinaláveis sucessos e muito prestígio, nas inúmeras operações em que tomou parte. A sua acção em combate honrou as nossas Forças Armadas!

Quanto ao documento... sem comentários !

Serra Pinto

Ex.mo Senhor Ministro das Finanças

Victor Lopes da Gama Cerqueira, cidadão eleitor e contribuinte deste País, com o número de B.I. 8388517, do Arquivo de identificação de Lisboa, contribuinte n.º152115870 vem por este meio junto de V.Ex.a para lhe fazer uma proposta:

A minha Esposa, Maria Amélia Pereira Gonçalves Sampaio Cerqueira, foi vítima de CANCRO DE MAMA em 2004, foi operada em 6 Janeiro com a extracção radical da mesma.

Por esta "coisinha" sem qualquer importância foi-lhe atribuída uma incapacidade de 80%, imagine, que deu origem a que a minha Esposa tenha usufruído de alguns benefícios fiscais.

Assim, e tendo em conta as suas orientações, nomeadamente para a CGA, que confirmam que para si o CANCRO é uma questão de só menos importância.

Considerando ainda, o facto de V. Ex.ª, coerentemente, querer que para o ano seja retirado os benefícios fiscais, a qualquer um que ganhe um pouco mais do que o salário mínimo, venho propor a V. Ex.ª o seguinte:

a) a devolução do CANCRO de MAMA da minha Mulher a V. Ex.ª que, com os meus cumprimentos o dará à sua Esposa ou Filha.
b) Concomitantemente com esta oferta gostaria que aceitasse para a sua Esposa ou Filha ainda:
c) os seis (6) tratamentos de quimioterapia.
d) os vinte e oito (28) tratamentos de radioterapia.
e) a angustia e a ansiedade que nós sofremos antes, durante e depois.
f) os exames semestrais (que desperdício Senhor Ministro, terá que orientar o seu colega da saúde para acabar com este escândalo).
g) ansiedade com que são acompanhados estes exames.
h) A angústia em que vivemos permanentemente.

Em troca de V. Ex.ª ficar para si e para os seus com a doença da minha Esposa e os nossos sofrimentos eu DEVOLVEREI todos os benefícios fiscais de que a minha Esposa terá beneficiado, pedindo um empréstimo para o fazer.
Penso sinceramente que é uma proposta justa e com a qual, estou certo, a sua Esposa ou filha também estarão de acordo.

Grato pela atenção que possa dar a esta proposta, informo V.Ex.a que darei conhecimento da mesma a Sua Ex.ª o Presidente da República, agradecendo fervorosamente o apoio que tem dispensado ao seu Governo e a medidas como esta e também o aumento de impostos aos reformados e outras...

Reservo-me ainda o direito (será que tenho direitos?) de divulgar esta carta como muito bem entender.
Como V. Ex.ª não acreditará em Deus (por se considerar como tal...) e por isso dorme em paz, abraçando e beijando os seus, só lhe posso desejar que Deus lhe perdoe, porque eu não posso (jamais) perdoar-lhe.

Atentamente> 19/Outubro/2007> Victor Lopes da Gama Cerqueira