terça-feira

Caminhada em CASTRO MARIM



Pois é verdade, a concentração foi às 10horas no Pavilhão Munícipal em Castro Marim, percursos de 9,50 e 3,5 Kms aguardavam a rapaziada, a caminhada foi organizada organizado pela Câmara Munícipal Castro Marim.
O percurso inicial teve que ser alterado, devido ás grandes chuvadas, por isso foi efectuado ao longo de um belo campo de Golfe "Castro Marim Golfe".
Para quem saiu ás 8h00 da manhã de Albufeira, esperavamo-nos o tradicional cházinho, desta vez era de tilia, com um bolinho caseiro tipo caseiro.
Fomos informado que o percurso tinha sido alterado, pois devido às últimas chuvadas o mesmo estava intransitável, assim iniciou-se a sessão de aquecimento, pois as 10H00 estavam perto, e pronto arrancou a marcha.
Era um bom percurso rápido, pois cerca de 80% era em piso de alcatrão, pequenas estradas que circundavam o belo campo de golfe de Castro Marim, com descidas e acentuadas subidas, a rapaziada da minha equipa levou isto a serio, ou melhor, começam-se a notar os resultados das últimas caminhadas, fizemos os cerca de 10kms em 1H40 minutos, foi bastante bom, não acham ?

Regresso a casa em amena cavaqueira, pois um duche quentinho esperava a rapaziada, no próximo Domingo a maioria da rapaziada de Albufeira não vai, vamos a Fátima, e eu não vou deixar de fazer um pedido, SENHORA para quando o desaperecimento desta barriguinha.

Programa para o mês de Março:

Dia 4 - 10h00, percurso pelo Campo na extensão de nove e seis kms, em Olhão, concentração no Pavilhão Municipal de Olhão.

Dia 11 - 10h00, percurso pelo Campo na extensão de oito e quatro kms, em Vaqueiros, concentração no Largo da Igreja de Vaqueiros.

Dia 18 - 10h00, percurso pelo Campo na extensão de dez e cinco kms, em Montenegro, concentração em Vale das Almas - Montenegro.

Dia 25 - 10h00, percurso pelo Campo e Praia na extensão de dez e cinco kms, em Quarteira, concentração na Praça do Mar-Av.Infante Sagres.

sábado

BIRRAS do Alberto João

É o custo da Democracia, os politicos de uma forma geral, ignoram os interesses do verdadeiro povo, Alberto João não podia ser excepção. A esta hora está decerto a rebolar-se de prazer à custa do Continente.

Demitiu-se, quanto a mim gratuitamente, nunca o considerei um politico boçal nesta terra de pouca cultura, foi rei e senhor da Madeira, pois de parvo não tem nada, é mal educado, insultuoso até dizer chega e boçal quando lhe convêm. Conseguiu obra verdade seja dita, mas à custa dos "Cubanos" que tanto despreza, construiu o seu império. Criou é certo condições de desenvolvimento à Madeira, a ilha hoje não é a mesma, parece uma contradição, mas a verdade é que este político boçal e insultuoso não é o grande culpado e esperto, aproveitou a fraqueza dos sucessivos Governos do Continente, dirão que foi inteligente, esperto direi eu, que me perdoem alguns, mas existe uma enorme diferença entre pessoas inteligentes e pessoas espertas, estes abundam por este Pais fora, os inteligentes passam a vida a lutar.

Gastar uma pipa de massa em eleições por causa de uma birra ou de um objectivo politico, é obra.

Será que a obra feita na Madeira e da qual não coloco em dúvida, não teve uma comparticipação de todos aqueles a quem ele despreza ? E que Democracia temos na Ilha? Sabem por acaso a dificuldade que se tem em arranjar ou manter um emprego na região da Madeira se o seu cartão de partido, não pertencer ao PSD-Madeira?

Gastar um milhão de contos dos "Cubanos" num pequeno jornal, para que a sua palavra passe, é no minimo uma Obra que mostra o tipo de politico que é, xico-esperto. Mas quem terá a culpa ? No meu entender o Povo sem dúvida, foi eleito democraticamete «ou votas em mim, ou não te dou emprego».

Custa-me opinar sobre esta figura, talvez por ser "Cubano", mas fica aqui o meu desafio para quem queira conhecer a verdadeira democracia Madeirense, visitem a Madeira e falem com os Madeirenses, fica desde já um aviso, tenham cuidado, pois em vez da antiga Pide terão decerto um par de capangas á sua espera.

Estou cansado destes politicos que se armam em crianças grandes, sem qualquer tipo de educação ou regras, habituados a terem tudo o que querem, ou seja a verem todos os seus caprichos satisfeitos.

Infelizmente aqui no Continente, pensa-se que ele é o nosso novo D.Sebastião, desiludam-se, é mais um xico esperto, que honra lhe seja feita, aplicou melhor as enormes verbas que os "Cubanos" lhe deram, veremos agora, com o "Pai" na presidência e com um "anão" de ideias a comandar o seu partido, o que é que ele faz com menos dinheiro, talvez se lembre de fazer alguma coisa pela cultura do bom Povo Madeirense, quem sabe?

ZECA AFONSO

sexta-feira

Zeca Afonso - 20 Anos de Saudade




Não sei como fazer uma homenagem a Zeca Afonso ? Mas uma coisa sei, recorda-lo e não deixar esquecer a sua vida e obra, é decerto uma boa maneira.

consultem o blog vejambem.blogspot.com.

ZÉCA AFONSO - Que saudade










Choque Tecnológico

sexta-feira

Vinicius de Moraes

Eu não existo sem você

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você

Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você

Vinicius de Moraes


VOTEM SIM !!!

Carminho & Sandra

"Carminho senta-se nos bancos almofadados do BMW da mãe. Chove lá fora. Encosta o nariz ao vidro para disfarçar duas enormes lágrimas que lhe rolam pela face. A mãe conduz o carro e aperta-lhe ternamente a mão. Há muito trânsito na Lapa ao fim da tarde. A mãe tem um olhar triste e vago mas aperta com força a mão da filha de 18 anos. Estão juntas. A caminho de Espanha.
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Sandra senta-se no banco côr-de-laranja do autocarro 22 que sai de Alcântara. Chove lá fora. Encosta o nariz ao vidro para disfarçar duas enormes lágrimas que lhe rolam pela face. A mãe está sentada ao lado dela. Encosta o guarda-chuva aos pés gelados e aperta-lhe ternamente a mão. Há muito trânsito em Alcântara ao fim da tarde. A mãe tem um olhar triste e vago mas aperta com força a mão da filha de 18 anos. Estão juntas. A caminho de casa de Uma Senhora.
O BMW e o autocarro 22 cruzam-se a subir a Avenida Infante Santo.Carminho despe-se a tremer sem nunca conseguir estancar o choro. Veste uma bata verde. Deita-se numa marquesa. É atendida por uma médica que lhe entoa palavras doces ao ouvido, enquanto lhe afaga o cabelo. Carminho sente-se a adormecer depois de respirar mais fundo o cheiro que a máscara exala. Chora enquanto dorme.
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Sandra não se despe e treme muito sem conseguir estancar o choro. Nervosa, brinca com as tranças que a mãe lhe fez de manhã na tentativa de lhe recuperar a infância. A Senhora chega. A mãe entrega um envelope à Senhora. A Senhora abre-o e resmunga qualquer coisa. É altura de beber um liquido verde de sabor muito ácido. O copo está sujo, pensa Sandra. Sente–se doente e sabe que vai adormecer. Chora enquanto dorme.
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Carminho acorda do seu sono induzido. Tem a mãe e a médica ao seu lado. Não sente dores no corpo mas as lágrimas não param de lhe correr cara abaixo. Sai da clínica de rosto destapado. Sabe–lhe bem o ar fresco da manhã. É tempo de regressar a casa. Quando a placa da União Europeia surge na estrada a dizer PORTUGAL, Carminho chora convulsivamente.
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Sandra não acorda. E não acorda . E não acorda. A mãe geme baixinho desesperada ao seu lado. Pede à Senhora para chamar uma ambulância. A Senhora não deixa, ponha – se daqui para fora com a miúda, há uma cabine lá em baixo, livre–se de dizer a alguém que eu existo. A mãe arrasta a Sandra inanimada escada a baixo. Um vizinho, cansado, chama o 112 e a polícia.Sandra acorda no quarto 122 dias depois. As lágrimas cara abaixo. Não poderás ter mais filhos, Sandra, disse–lhe uma médica, emocionada. Sai do hospital de cara tapada, coberta por um lenço. Não sente o ar fresco da manhã. No bolso junto ao útero magoado, a intimação para se apresentar a um tribunal do seu país: Portugal.
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Eu voto sim . Pela Sandra e pela Carminho. Pelas suas mães e avós. Por mim."

quinta-feira

Julio Jaramillo - Nuestro Juramento

Enquanto não recomeço com as minhas pequenas histórias e a pedido da minha prima Maria Rosa radicada a longo tempo na Argentina, aqui vai um video de Julio Jaramillo.

sexta-feira

Resposta ao Professor

Francisco Louçã responde a Marcelo Rebelo de Sousa

Resposta de Francisco Louçã a Marcelo Rebelo de Sousa. No site do "Assim Não", este tentou responder à pergunta "Se é a favor da despenalização, porque vota Não?" Não convenceu. Louça responde.

Professor Marcelo

quinta-feira

PERPLEXIDADES

O artigo que abaixo descrevo não é da minha autoria, encontra-se em www.colheita63.blogspot.com , é um blog de um grande Amigo, de nome Helder Barreira, e a postagem foi efectuata por uma das muitas colheteiras, com o nome de Teresa. Antes de mais, quero agradecer ao Helder a autorização de publicar o artigo no meu blog, à Teresa que não conheço, o meu obrigado, e o meu sincero aplauso pela veemência como expôs o mesmo, apesar da minha condição de homem, estou integralmente de acordo com todas as interrogações nele contidas, obrigado pois, ou antes Bem Haja pelo mesmo.
«À medida que o tempo passa, cada vez tenho menos certezas. Colheiteiros, gente da minha idade, dizei-me que não sou só eu! Dizei-me que a realidade não é "preto ou branco", como nos parecia aos 17 anos. Dizei-me que devemos continuar a usar o bom velho princípio cartesiano (o "erro" de Descartes foi outro...) de alguma(s) vez(es) na vida pôr em dúvida aquilo que tinhamos por certo. Dizei-me que devemos continuar a pôr-nos no lugar do "outro", daquele que não pensa nem age como nós, para entender as suas razões e motivações, para não o julgar nem acusar em questões que apenas dizem respeito à sua consciência individual.

Vem isto a propósito do que tenho lido aqui no blogue sobre o que está ou não está em causa no referendo do dia 11/2...É que algumas afirmações, de tão peremptórias e absolutas, deixam-me perplexa! Por exemplo, falar de "vida humana" como valor absoluto, sem atender a modos e circunstâncias, é falar de quê? Do direito a nascer não desejado, correndo o risco de ser objecto de um processo de adopção kafkiano? De ser entregue, mais tarde ou mais cedo, a uma casa pia qualquer? De ser abandonado ou maltratado? Não sofrerão essas "vidas humanas" de um handicap fundamental face aos outros cidadãos, que nasceram desejados e têm muito mais probabilidades de ser amados e felizes?

Se se entende que a Constituição inscreve a vida humana como valor absoluto, porque não se contesta então a legislação de 1984, que permite o aborto em casos de violação, malformação do feto ou perigo para a vida da mãe? Não são também vidas humanas que estão em causa? Porque não se exige então a proibição absoluta?

Não era S. Tomás de Aquino (sim, esse mesmo, filósofo e doutor da Igreja...) que dizia que havia vida humana quando existia "alma racional", isto é, em termos científicos actuais, quando o feto tem já um sistema nervoso central capaz de funcionar autonomamente?

E a compaixão pelas mulheres que se vêem em situações difíceis? O Deus dos cristãos não é um Deus de misericórdia? Porque se aponta então o dedo acusador para uma única saída à mulher que abortou: a cadeia?

Depois há a história da "responsabilidade"...Amigos, aquele de nós que em todos os seus actos agiu com responsabilidade que atire a primeira pedra! Penalizam-se, por acaso, os alcoólicos, os fumadores, os comilões, por atentarem contra uma vida humana (a sua)? E deixam de ser tratados nos serviços públicos de Saúde porque isso fica muito caro, e o dinheiro dos nossos impostos podia ser mais bem empregue?

Há mulheres que engravidam por irresponsabilidade? Claro que há! E então, que saída lhes queremos dar? Obrigá-las a ter crianças não desejadas ou, em alternativa, mandá-las para a cadeia?

E porque é que só se fala em irresponsabilidade? As responsáveis, às vezes, também engravidam sem querer: há um preservativo que se rompe, uma pílula que não faz efeito por se estar a tomar antibiótico...Que me dizem? Cadeia com elas?! Finalmente a famigerada pergunta do referendo...Caríssimos, já somos crescidinhos!!! Por muito desastrada que seja a pergunta, todos nós sabemos o que está em causa: aborto clandestino e pena de prisão ou possibilidade de escolher até às 10 semanas, em consciência e em condições dignas, como se faz no mundo a que chamamos civilizado.
Não ir votar por causa da pergunta é embarcar numa falácia; abster-se é tomar posição a favor de um dos lados, o lado do não, porque se dá o sinal de que se quer que tudo continue na mesma...

Só mais uma coisinha: as estatísticas dos países em que o aborto foi despenalizado dizem que, aí, tem diminuído sistematicamente o número de abortos clandestinos. Exactamente o contrário do que li algures no blog da colheita63.»