quarta-feira

Reacção do PS ao Ex-Presidente de todos os Portugueses

Pedro Silva Pereira reage à comunicação de Cavaco Silva

Análises ao Ex-Presidente de todos Portugueses

Análise de Ricarod Costa à Comunicação do Presidente

Declarações de um Ex-Presidente de todos os Portugueses

Declaração Oficial do Presidente da República

1969 a 2009 - A Diferença é esta

1969 e 2009 - A diferença está ali...

1969 e 2009


Esta pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável.
"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"
Passe adiante!Precisamos começar Já! Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...

Um Presidente de alguns Portugueses !!!

Ontem, Cavaco Silva esclareceu, finalmente, o caso das escutas. O Presidente da República afirmou que "não existe em nenhuma declaração ou escrito do Presidente qualquer referência a escutas ou a algo com significado semelhante". Cavaco acrescentou ainda que "só o Presidente da República fala em nome dele ou então os seus chefes da Casa Civil ou Militar". Ou seja, o Presidente - foi ele quem o deixou claro - nunca suspeitou da existência de escutas ou espionagem promovida pelo Governo na sua Casa Civil.
A comunicação de Cavaco Silva peca por tardia. O Presidente devia ter falado logo que a primeira notícia, que citava fontes da Presidência, foi publicada a 18 de Agosto. Com o seu silêncio contribuiu ele próprio para "desviar as atenções das questões que realmente preocupavam os cidadãos".
Mas o Presidente não se ficou pelo esclarecimento. Ontem, fez uma declaração de guerra ao "partido do Governo", e assinou a certidão de óbito da "cooperação estratégica" entre Belém e São Bento.
Dois dias depois das eleições legislativas, e em que os resultados ditaram a eleição de um governo minoritário, e com uma conjuntura económica difícil, o Presidente da República deveria assumir-se como um referencial de estabilidade. Mas, com o ataque que ontem dirigiu ao Governo, tornou-se, afinal, num factor de instabilidade.

segunda-feira

ACASO

Acaso

No acaso da rua o acaso da rapariga loira.
Mas não, não é aquela.

A outra era noutra rua, noutra cidade, e eu era outro.
Perco-me subitamente da visão imediata,
Estou outra vez na outra cidade, na outra rua,
E a outra rapariga passa.

Que grande vantagem o recordar intransigentemente!
Agora tenho pena de nunca mais ter visto a outra rapariga,
E tenho pena de afinal nem sequer ter olhado para esta.

Que grande vantagem trazer a alma virada do avesso!
Ao menos escrevem-se versos.
Escrevem-se versos, passa-se por doido, e depois por gênio, se
calhar, Se calhar, ou até sem calhar,
Maravilha das celebridades!

Ia eu dizendo que ao menos escrevem-se versos...
Mas isto era a respeito de uma rapariga,
De uma rapariga loira,
Mas qual delas?
Havia uma que vi há muito tempo numa outra cidade,
Numa outra espécie de rua;
E houve esta que vi há muito tempo numa outra cidade
Numa outra espécie de rua;
Por que todas as recordações são a mesma recordação,
Tudo que foi é a mesma morte,
Ontem, hoje, quem sabe se até amanhã?

Um transeunte olha para mim com uma estranheza ocasional.
Estaria eu a fazer versos em gestos e caretas?
Pode ser... A rapariga loira?
É a mesma afinal...
Tudo é o mesmo afinal ...

Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isto é o mesmo
também afinal.

Álvaro de Campos,
in "Poemas" Heterónimo de Fernando Pessoa
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Para quem goste de BOLEROS

Aqui deixo estes inolvidáveis boleros...... Para aliviar o stress do Fim de Semana.

«Faça um click sobre cada Título. Uma vez terminada a canção, feche a página, fazendo click em X, que se encontra no canto superior direito da janela, e volta de novo á pagina inicial para escolher outra canção.»

La Barca, Amor Amor

Amaneci en Tus Brazos

Amor Perdido - El Reloj

Contigo En La Distancia

En La Orilla Del Mar

Sin Ti

Te Extraño

Inolvidable

Maria Bonita

Jurame

Palabras de Mujer

Pecadora

Noche de Ronda

Historia de un Amor

Voy Apagar La Luz

Sabor a Mí

Aquellos Ojos Verdes

Usted

Sabrá Dios

Nosotros

La Puerta



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domingo

A FRASE DO DIA !!!!


FRASE DO DIA
.
FELIZ FOI ALI BABÁ,
QUE NUNCA VIVEU EM PORTUGAL
E SÓ CONHECEU 40 LADRÕES!!!...
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sábado

A inevitabilidade de votar PS

Reflectir: a inevitabilidade de votar PS
Há um tempo de lutar. E um tempo de reflectir. A reflexão deve preceder luta, e deve seguir-se à luta. Novas contendas se abrem a todo o momento, a quem pugne por uma vivência cívica e democrática. A quem entenda que a democracia não subsiste sem justiça social, sem um modelo em que o Estado não tire a quem mais precisa, sob o pretexto de tirar a todos. Nestas semanas falamos disso. Da vantagem da política de deduções fiscais do PS que mantém e reforça os rendimentos das classes médias e baixas. Da necessidade de uma economia que cresça, apoiando os pequenos e médios empresários, sobretudo os que apostarem numa tecnologia de vanguarda, gerando valor acrescentado. Os que apostarem em novos mercados. Os que gerarem emprego.Afirmamos a nossa defesa do Estado Social. Não opressor e totalitário. Antes solidário com todos os que precisam. Garantindo a gratuitidade do SNS e da educação pública. Defendemos um governo que criou a rede de cuidados continuados, apostou nas unidades de saúde familiares e de cuidados primários. Que reforçou as transferências sociais: nos abonos pré-natais, no complemento solidário para idosos, no subsídio de desemprego, no rendimento de inserção. Que apoiou, no momento em que fomos varridos pela maior das crises, as famílias mais necessitadas e as empresas em dificuldades. Que subsidiou postos de trabalha até à retoma das encomendas e às empresas voltarem a chamar os trabalhadores.O tão falado código do trabalho foi curiosamente criticado por organizações internacionais por fomentar demasiadamente o vínculo contratual sem termo. Diminuindo o trabalho precário. O governo não cedeu às metas neoliberais que fazem subir lugares em rankings irrisórios, mas antes apostou na segurança do emprego. Um valor fundamental em que a direita não acredita. Quem não se lembra de António Borges, César das Neves e outros a defenderem descidas salariais? Economistas afectos e militantes do PSD.A escolha no dia 27 estava para mim feita, logo que se tornou claro que era uma escolha entre uma sociedade mais justa, com menos trabalho precário e maior apoio social e uma sociedade entregue a si própria. Em que o Darwinismo nos mostra que subsistem só alguns.Eu não quero uma sociedade selvática ou darwinista. Mas também não quero uma sociedade totalitária. Acredito que o crescimento é a base da criação do emprego. E que o investimento público disseminado na requalificação de escolas, creches, hospitais, e casas, mas também apostando nas tecnologias do futuro para um país mais moderno, é fundamental para o crescimento. Estimula as empresas a criar emprego, e aumenta o nível de vida e a produtividade futura.Tenho 65 anos. Não estou ainda preparado para abdicar da modernidade em nome de uma concepção que sei ser errada. O plano do PSD aposta tudo na poupança. E esquece-se que a vontade de investir precisa de empresários com expectativas. A poupança é benéfica em muitos casos, mas com o desemprego que a crise internacional motivou em toda a parte, é inimiga do crescimento. Porque ao pouparem mais, famílias empresas e Estado não estão a gerar encomendas às empresas. Que, por inerência, não criam emprego. E destroem postos de trabalho com processs de falência.Num cenário em que o comércio internacional está a cair a pique, a procura interna é fundamental na retoma. E as exportações que se impõe são as de valor acrescentado: como as que resultam da aposta deste governo nas energias renováveis.Um Portugal mais solidário, moderno, culturalmente avançado e com desemprego baixo só são possíveis elegendo José Sócrates PM. E votando no PS, no dia 27.Obrigado a todos que foram visitando este espaço. Encontrar-nos-emos sempre quando for preciso lutar por Portugal.

sexta-feira

CRISE !!!

Ora vejamos...o que já foi feito para minimizar...... Espanha apresenta o governo mais feminino de sempre...

Itália colocou Mara Carfagna como Ministra da Família...



França tem a Carla Bruni como 1ª dama...


Portugal, tem isto...?! Assim é difícil esquecer a crise...






Mais Um !!!!


Mais um outdoor !

Viva o Patriotismo !!!!

VIVA O BOM SENSO E O VERDADEIRO PATRIOTISMO.

Os senhores da TAP entraram em greve.Porquê...?Pediram 9% de aumento.Mas, não querem 9% de aumento. Querem ganhar tanto como a média das cinco companhias que operam em Portugal... que (segundo eles) dá 9% de aumento.Não sabemos bem a que companhias se referem. Mas foi assim que o senhor do sindicato falou.E falou mais.Ficámos a saber que os senhores têm andado a fazer um esforço enorme pela empresa (que lhes paga fortunas de vencimento) e agora que a empresa já deixou de arrebitar... querem uma espécie de prémio... por via de um arzinho que a empresa teve aqui há coisa de um ou dois anos.Um momento, enquanto vou ali vomitar...Estes senhores vivem em Portugal. Ou será que ainda não terão reparado.Vivendo em Portugal, auferem vencimentos que oscilam entre 10.000 e 7.000 € mensais...Mas querem um aumentozito de uns miseráveis 9%.Assim é que é falar.Ah... e tiveram 98% de adesão à greve.Coitados... lá lhes foram ao bolso e não vai ser fácil fazer o resto do mês quanto às despesas lá de casa. Fica por pagar a prestação do carro e da casa certamente...Seguem em anexo algumas regalias destes "desgraçados" que vivem mal e porcamente em Portugal. Não é treta. Veio no Expresso.Vejam se não coram de inveja.Domingo há eleições.Haja alguém que me venha dizer que esta greve tem alguma coisa a ver com eleições... e eu derreto-me a rir...Para quem ler isto.Tenho um grito, que vou reduzir a um gritinho...
A TAP É SUPORTADA POR MIM E POR SI, CARO AMIGO.ASSIM SENDO...PRIVATIZAÇÃO DA TAP JÁ...!!!!!DEPOIS FAÇAM GREVE À VONTADE. EU ATÉ ME RIO

quinta-feira

Janelas da Vida


Abre a janela do teu coração e deixa a alma arejar! Sabes, aquele cheiro de mofo de sonhos que envelheceu e tu nem te deste conta? Deixa que o vento leve para longe.
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Livra-te também de toda a mágoa e o rancor, faze uma boa limpeza na vidraça da janela do coração. Garanto que enxergarás melhor a vida lá fora...

Deixa a luz inundar tudo, apagar as marcas das decepções, as tristezas das derrotas, o vicio de sofrer por sofrer e, acima de tudo, permite que o sol derreta o gelo da solidão...
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Apaixona- te por um sorriso e sorri junto, ilumina as janelas dos olhos, atrai beija-flores, borboletas, vagalumes ... Ama a pessoa que o espelho reflete todas as manhãs...
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Escancara a janela dos desejos e esbanja sonhos! Ninguém sonha em vão, e também não é verdade que os sonhos fogem, as pessoas é que desistem, e eles morrem...
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Alicerça teus desejos com bases sólidas e constrói, dia a dia, degraus para chegares até a tua meta.Depois, aplaude-te porque conseguiste ! Nisso reside o prazer...
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Não permite que nenhuma sombra pesada cubra o sol, que nenhuma parede aprisione o vento e cale o som da vida. Jamais te transformes em órfão da luz...
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Desenha um horizonte além da tua janela, exagera nas cores e entremeia alegria entre folhas. Floresce todos os campos que tua vista alcança e, depois, vai além muito além...
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Expõe na janela toda a alegria de viver, mostra ao mundo um rosto luminoso, uma face sem rugas de preocupações, prontinha para ser acariciada e admirada.
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Amplia a essência da ternura, semeia um gesto,uma frase doce ou um suspiro. Seguramente alguma alma comovida escutará e devolverá o eco da tua voz...
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Desvia teu olhar das coisas tristes e infelizes, transforma em oásis toda a aridez que aparecer, joga venturas e aventuras em abundância, através da tua janela...
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Espalha poeira dourada de sonhos além da janela,planta flores e colhe encantamento. Permite que as sementes da felicidade se espalhem e contaminem toda a terra...
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Refaze tuas crenças, redime equívocos, culpas, regenera erros e falhas, distribui perdão. Valoriza o melhor de cada pessoa e, principalmente, o melhor que existe em ti...
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Abre a janela da vida e sê pleno em cada coisa, ainda que pareça pequena. Vive a forma adulta de ser criança, debruça-te na janela e não olhes, simplesmente, a vida passar através dela... Viva!
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Lady Folppa
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Sabem qual é o plantel mais caro de Portugal ?

Sabem qual é neste momento, o plantel mais caro em Portugal?

BENFICA ???...

SPORTING ???...

PORTO ???...
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Nãooooooooooooo!!!!
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Estão absolutamente enganados!!!
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É ESTE
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O Próximo não vai haver dinheiro para o Pagar
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Texto que Raul Solnado escreveu .......


Texto que Raul Solnado escreveu e que foi colocado junto à sua urna


“Um vazio no tempo, numa das últimas vezes que estive na Expo de Lisboa, descobri estranhamente uma pequena sala completamente despojada, apenas com meia dúzia de bancos corridos. Nada mais tinha. Não existia qualquer sinal religioso e por essa razão pensei que aquele espaço se tratava dum templo grandioso.
Quase como um espanto senti uma sensação que nunca sentira antes e de repente uma enorme vontade de rezar não sei a quê ou a quem. Fechei OS olhos, apertei as mãos, entrelacei OS dedos e comecei a sentir uma emoção rara, um silêncio absoluto e tudo o que pensava só podia ser trazido por um Deus que Ali deveria viver e que me IA envolvendo no meu corpo adormecido. O meu pensamento aquietou-se naquele pasmo deslumbrante, naquela serenidade, naquela Paz.Quando OS meus olhos se abriram, aquele meu Deus tinha desaparecido em qualquer canto que só ele conhece, um canto que nunca ninguém conheceu e quando saí daquela porta corri para a beira do Tejo para Dar um berro de gratidão com a minha alma e sorri para o Universo.Aquela vírgula no tempo, foi o mais belo minuto de silêncio que iluminou a minha vida, que me fez reencontrar e que me deu a esperança de que num tempo que seja breve, me volte a acontecer.Que esse Deus assim queira!
Raul Solnado”

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“Façam o favor de ser felizes!”

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quarta-feira

Socrates e a Tempestade !!!

Vale tudo, até Cavaco já é PS !!!!


Crime Público

Portanto, o Governo está a espiar a Presidência da República! Gravíssimo! Que fazer? Há várias alternativas para um presidente espiado. Denunciar o Governo espião e dar-lhe um ralhete exemplar em público (nunca no "Público") utilizando uma comunicação nacional na TV como o fez com irrepreensível dramatismo e inigualável teatralidade com o estatuto dos Açores. Desta vez, teria de incluir a demissão do Parlamento e a convocação de novas eleições. O caso não seria para menos. Um governo a usar serviços secretos do Estado para espiar outro órgão de soberania exige demissões e eleições. Mas não. O presidente da República, o mais alto magistrado da nação, o comandante em Chefe das Forças Armadas, sabe que está a ser espiado. Tem a certeza disso porque, da sua doutrina passada ficou o axioma de que "raramente se engana e nunca tem dúvidas". Estando a ser espiado qual é a actuação realmente presidencial para este caso? Exigir do procurador-geral da República uma investigação imediata? Convocar o Conselho de Estado (já com a respeitabilidade recuperada desde a saída de Dias Loureiro)? Fazer uma comunicação ao Parlamento como é seu privilégio e, neste caso, obrigação? Nada disso! A Presidência de Cavaco Silva, através da sua Casa Civil, decide encomendar (mandar fazer in: Dicionário Porto Editora) uma reportagem a um jornal de um amigo.
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Como os jornalistas são por vezes um bocado vagos e de compreensão lenta, a Casa Civil da Presidência da República achou por bem ser específica na encomenda dando um briefing claro a pessoa de confiança no jornal. "Vais falar com fulano e pergunta-lhe por sicrano, vais aqui, vais ali, fazes isto e aquilo e trazes a demasia de volta". O homem ainda tentou cumprir com a incumbência, mas a coisa não tinha pés nem cabeça e parece que lhe disseram isso repetidamente.
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Por isso, logo, por causa disso, houve mais um ano e meio de fartar espionagem enquanto no Pátio dos Bichos continuavam todos a ouvir vozes
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Cavaco Silva deve ter tido uma birra monumental com a sua Casa Civil e mandou perguntar ao amigo do jornal: "Sócrates está quase a ser reeleito e essa notícia não sai"? Como o que tem de ser tem muita força, a história lá saiu. Mal-amanhada, mas era o que se podia arranjar. Lá se meteu a Madeira no meio porque, como ninguém gosta do Jardim, gera-se logo um capital de boa vontade. Depois, como tinha pouca substância, puseram na mesma página duas colunas ao lado a dizer que, há uns anos, o procurador-geral da República tinha dito que também estava a ser escutado, e a encomenda ficou mais composta. Que interessa que tudo isto seja bizarramente inverosímil? Nos média, o que parece, é. Cavaco Silva julga que está a ser escutado, portanto, está a ser escutado, tanto mais que o seu recente depoimento presidencial é que "não é ingénuo". Com tudo isto, fica-me uma certeza. O trabalho de reportagem do "Diário de Notícias" é das mais notáveis e consequentes peças jornalísticas na história da Imprensa em Portugal. O e-mail com registos claros da encomenda feita por Fernando Lima não é "correspondência privada" que se deixe passar pudicamente ao lado. É uma infâmia pública de gravidade nacional que exige denúncia.
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Invocar aqui delações, divulgação de fontes ou violação de correspondência é desonesto. Ao ver o presidente e a Casa Civil metidos nisto fica-me também uma inquietante dúvida. Aníbal Cavaco Silva, referência do PSD, ainda tem condições para continuar a ser o presidente de Portugal depois de causar uma trapalhada desta magnitude a dias das eleições?

É esta a Liberdade que o PSD quer ?

segunda-feira

A verdade de Medina Carreira



Entrevista com Medina Carreira
'Isto parece o Estado Novo'


Depois do caso TVI, Medina Carreira sente-se no estado novo, de Salazar e Caetano. Num novo livro, arrasa a classe política e dá as suas soluções para 'endireitar o País'. Dêem-lhe hora e meia de televisão, em canal aberto, que ele promete 'virar muita gente do avesso'...
Filipe Luís
10:40 Quinta-feira, 10 de Set de 2009
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Medina Carreira
José Carlos Carvalho
Aos 78 anos, Henrique Medina Carreira é um dos mais lúcidos observadores da realidade portuguesa. Como consegue manter o cérebro tão oxigenado? "Trabalhando, lendo, escrevendo e zaragateando", responde. Ora aí está uma receita original de um neto de um democrata republicano opositor de Salazar - Jacinto Medina - e filho de um historiador, António Barbosa Carreira. Tanto o pai como a mãe Carmen, eram de Cabo Verde e Henrique viveu a sua infância na Guiné-Bissau. Bacharel em Engenharia Mecânica, advogado, professor, considera-se "um jurista que sabe fazer contas". É um dissidente do PS, tendo sido ministro das Finanças no I Governo Constitucional, liderado por Mário Soares. E, sob a forma de uma longa entrevista, assina, com o jornalista Eduardo Dâmaso, o livro Portugal que futuro - o tempo das mudanças inadiáveis, a lançar no próximo dia 14, e onde é tão cáustico sobre o estado do País e tão cruel para com a classe política como nas célebres entrevistas na SIC Notícias.
Nasceu em Bissau. Os seus pais viviam lá? Sim. Ambos eram de Cabo Verde, o meu pai da Ilha do Fogo, a minha mãe da Brava. Conheceram-se e casaram lá. Fiz a instrução primária em Bissau.
Manteve alguma espécie de ligação á Guiné? Tem boas recordações?Excelentes recordações. Mas não mantive a ligação. Voltei lá aos 20 anos, depois de ter saído do Instituto dos Pupilos do Exército. Um ano e tal. Depois voltei, para ficar.
Como recorda a Guiné? Uma terra excelente, onde se vivia com grande tranquilidade. Na escola andávamos todos juntos, brancos, pretos, descalços, calçados... Aliás poucos tinham sapatos. Dez anos muito bons.
Veio para Lisboa aos 10 anos, portanto. Sim e entrei para os Pupilos, onde estive nove anos, interno. Fiz lá dois cursos, o curso Industrial e o curso médio de Engenharia.
A vida militar nunca o seduziu? Vida militar era a que nós tínhamos...
Parece que era um bom jogador de futebol... Sim, jogava futebol. Era guarda-redes. Jogava futebol no Inverno, remava na Pirmavera e fazia atletismo no verão. Sempre a praticar desporto.
Tem algum clube da sua preferência? Sou benfiquista. Era o sócio 15148. Mas deixei de ser sócio, depois de me aborrecer com aquelas má-criações indecorosas... mandei-os à fava!
Gosta de ler, para além da área da Política e da Economia? Já não leio ficção. Mas gosto muito de biografias. Estou agora a ler o último livro do Vasco Pulido Valente, Portugal - ensaios de História e de Política e um da Fátima Bonifácio. Biografias e politiquice. Mas poucos jornais...
Não tem netos... Não, mas tenho pena. Às vezes sinto falta de um, aqui, às cavalitas...
Mas atendendo ao que diz do País, não é muito prudente pôr uma criança neste mundo... Se os pais tiverem juízo, vale a pena. Eu, se fosse pai, tentaria que o meu filho aprendesse qualquer coisa, nem que fosse para sapateiro. E que falasse bem Inglês e uma das línguas que farão falta no futuro: russo, chinês ou árabe. Toda a influência do mundo vai passar para esses países.
O senhor dá a ideia de ser uma pessoa disciplinada e disciplinadora. Tem a ver com essa sua formação, nos Pupilos? Tem a ver com o meu pai, que era um educador a sério, exigente. A escola militar terá tido a sua influência mas eu sou também um homem de ordem. Tenho muita ordem na cabeça e pouca ordem nas mãos...
Entretanto, saiu, foi à Guiné e voltou. Veio para Portugal fazer o quê? A escolha era entre ir para o Técnico ou não. Como não me apetecia, estava mais virado para as questões sociais, queria ir para Economia. Mas não tinha forma de ir, porque era da área de engenharia. E como admitia ter de fazer uma parte dos estudos a trabalhar, inclinei-me para Direito, que era mais compatível. Só que, vindo do ramo de Engenharia, não dava para ir para Direito. (Fazia confusão ao dr. Salazar...) Andei então para trás. Fui a Coimbra fazer um curso de Ciências Pedagógicas (CP), que me permitia saltar para qualquer curso.
Quanto tempo? Um ano, cinco cadeiras. Mas saú então um decreto a dizer que os de CP não podiam, afinal, inscrever-se em qualquer curso...
E o que fez? Fui ao Ministério da Educação e arranjei logo uma questiúncula. Estava lá um padre, que foi atendido primeiro do que eu, não achei bem, enfim...
Tem alguma crença religiosa? Não, sou agnóstico. Já o meu pai era. A minha mãe é que era católica.
Voltando ao Ministério da Educação... Disseram-me que tinha de fazer o liceu todo, se quisesse ir para Direito. Bom, foi um regateio. Eu que já dava aulas de matemática ao 5.° ano, não fazia sentido. Só me dispensaram do 1.° ciclo. Veja lá a diferença: não era como hoje, que é assim: "Tome lá um diploma e um abraço do primeiro-ministro, você é um tipo bestial..." Bem, matriculei-me e fiz o liceu. Ao mesmo tempo que trabalhava no Barreiro. Fiz a secção de Letras do 5.°, num ano, de Ciências, no outro e a alínea de Direito no terceiro.
Casou com que idade? Com 23 anos. Acabei o tal liceu aos 26 anos, no Liceu Camões. Dava aulas, fui empregado de escritório e técnico fabril.
No Barreiro... No Barreiro. Era chefe do sector da produção de aço.
Para isso tinha de ter ordem nas mãos... Para desenho e essas coisas tive sempre muito jeito. Finalmente, acabei Direito com 31 anos, comecei a advogar, etc..
Mas ainda foi para o ISEG. Sim, o então ISE, para tirar Economia. Mas já era advogado, tinha muito trabalho e acabei por não completar.
Herdou do seu pai, que foi historiador, o sentido da História, na sua observação do País? Herdei, sobretudo, o sentido do rigor, da disciplina, da honra, da fidelidade à palavra e o desinteresse pelo dinheiro. A coisa que me custa mais é discutir dinheiro.
Que percepção é que tinha, em jovem adulto, do Estado Novo? A República teve de chamar o Salazar. Tinha de ser aquele ou outro qualquer. Até 1945 não era fácil ter feito muito melhor. Mas, a partir da guerra, percebi que o Salazar estava fora do tempo.
Mas já tinha alguma vocação, ou actividade política? Actividade, não. Mas sempre tive muito interesse pela política. Enfim, estive na greve de 1962, embora mais velho que os meus colegas.
Com 27 anos, como viu a candidatura de Humberto Delgado? Viu-se que o regime ia descambar. Mas o desmoronamento foi em 1960, 1961. E eu vejo hoje Portugal a desmoronar-se de forma parecida: sem norte, sem chefia esclarecida, sem elasticidade, sem capacidade de adaptação... Sinto hoje um Portugal tão trémulo como nos últimos dez anos do Estado Novo.
O 25 de Abril apanha-o com 42 anos. E motiva a sua intervenção política?Eu entrei para o PS antes do 25 de Abril, pela mão do meu colega e amigo José Magalhães Godinho, em 1973. Já conhecia o Mário Soares. Havia, na Baixa, um restaurante, com uma mesa sempre reservada para os advogados, e parávamos lá os que não concordavam com o regime. E foi lá que conheci o Soares. Voltei a vê-lo quando o fui esperar a Santa Apolónia, incógnito, no meio de milhares de pessoas,.
Mas o senhor alguma vez foi socialista? Quem o ouve hoje... Aquele socialismo, que era viável naquele tempo, não é viável hoje. Esse é que é o problema. Hoje, é uma burla.
Entrou, então, no VI Governo provisório, de Pinheiro de Azevedo, para sub-secretário de Estado do Orçamento. Num período completamente convulsivo... Eu entrei em Outubro, a pedido do Salgado Zenha, que não tinha ninguém para tratar dos impostos...
Zenha que era o seu ministro das Finanças, apesar de ter dito que não percebia nada de Finanças... Não percebia nada daquilo, coitado, mas tinha uma boa cabeça. E era um homem honrado. E tinha uma grande equipa. O Artur Santos Silva, o Vítor Constâncio, o António Sousa Gomes, o Sousa Franco, a Manuela Morgado... A equipa de ouro, como se chamava. Fui eu - ninguém sabe, mas já agora, conto-lhe - quem propôs cadeia para a fraude fiscal. Que não havia.
E quantas pessoas foram presas até hoje? (Risos) Talvez um desgraçado, um tal Viola, ou lá quem foi, por descuido. A partir desse momento eu percebi que isto não vai longe. Nunca irá para a cadeia nenhum trafulha por razões fiscais...
E como encontrou o Ministério das Finanças, naquela época? A primeira vez que lá entrei era só gente, muita gente nos corredores, uma grande confusão... À porta do ministro havia uma espécie de caixote de sabão, com uma máquina de café. Um contínuo numa secretária de torcidos e tremidos, um tampo de vidro todo partido e, em cima, as imagens de umas senhoras ligeiramente despidas... Foi o meu baptismo.
No I Governo de Mário Soares, vai a ministro. Um dia, o Zenha manda-me chamar. No gabinete dele estava o Soares. 'Você não quer ir almoçar connosco?' Fomos a uma tasquinha, em Belém, eu, o Sousa Gomes, o Zenha e o Soares. Eu estava a arrumar a minha trouxa para abandonar o ministério, tinha havido eleições ia formar-se o I Governo Constitucional. O almoço era para me convidarem para ir para ministro das Finanças. Olhe, o meu pai não gostava de política. A minha mulher via isto com muito maus olhos. Mas aquilo da política era, na altura, uma espécie de serviço militar obrigatório. E lá aceitei. Até hoje, ainda perco dinheiro com a política!
Ficou como tendo sido o artífice da negociação com o FMI... Mas não é verdade. Quem esteve nisso foi depois o Vítor Constâncio e o Silva Lopes. Eu nem concordava com o acordo com o FMI. Aliás, vi logo que estava mal no Governo, porque não conseguia fazer a minha política, ninguém concordava comigo.
Mais tarde, Soares teve de dar carta branca ao Ernâni Lopes... Pois, mas aí, o Soares já era outro, já tinha percebido a importância das finanças e estava apertado... E o Ernâni fez um grande lugar.
O senhor sai do PS em 1978... Sim, em ruptura contra o chumbo, na AR, do Governo do Nobre da Costa. Depois, por influência do Mário Soares e do Almeida Santos, voltei, em 1983. Mas saí de novo, em 2000, ou 2001, por causa daquela trafulhice da reforma do património, no tempo do Guterres. Percebi que aquele partido era dirigido por gente sem palavra e eu não me dou com gente sem palavra.
Como se vê nas suas intervenções, e neste novo livro, continua zangado - e um pessimista inveterado. Sou um pessimista sob condição. Se continuarmos com estas instituições a funcionar tal como estão, os dirigentes políticos que para aí andam e mais o seus acólitos, que vivem da política, eu sou um imenso pessimista.
Mas como não se vê grande alternativa é mesmo um... ...Pessimista! Mas imagine que aparece uma pessoa, com uma ideia política...
Um homem providencial? Deus me livre! Não, um homem preparado...
Ou uma mulher... Ou uma mulher, claro. Se calhar, até prefiro uma mulher. Mas que tenha uma profissão e preparação. O mal é que grande parte dos nossos políticos não tem preparação.
Os políticos profissionais também estão no poder noutros países da União, que estão melhor que nós... Sim, é essa a diferença. Nós somos mais pobres e estamos a ficar ainda mais pobres, em relação à Europa.
Mas mais ricos do que éramos antes, não? Trinta anos depois, tínhamos de estar um bocadinho, com qualquer regime, até com o Salazar. Mas a verdade é que nos abrimos à Europa como tínhamos de abrir, fizemos algumas coisas meritórias, mas há muito da nossa vida que é uma aparência. Daqui a cinco anos, o meu amigo pode estar a dever, sem dar por isso, 42 mil euros ao estrangeiro, quando, em 2000, devia 4 mil. Há uma parte da nossa vida que é ficção.
Mas todos os países estão endividados... Qual é o endividamento dos EUA? Não compare. Os EUA têm moeda própria e, logo aí, têm um instrumento...
Mas o nosso problema foi a adesão ao Euro? Nada disso, eu concordei com a adesão. Mas isso introduziu um grau de rigidez na nossa competitividade que nos está a matar.
Então foi mau... Não foi mau. Teríamos é de fazer coisas que não fizemos, depois da adesão. Aderimos bem. Mas temos vindo competitividade, que é a capacidade de vender os nossos produtos. Dantes, disfarçava-se com o facto de termos uma moeda própria. Fazia-se a desvalorização. Lembro-me de uma sexta-feira, era eu ministro das Finanças, fui à RTP anunciar uma desvalorização de 15 por cento. Na segunda-feira seguinte, aquilo que comprávamos ficou 15% mais caro. E o que vendíamos, 15% mais barato. Ao perder o instrumento de manobra cambial introduzimos uma rigidez a que os políticos não ligaram suficientemente. Diz que eu estou pessimista? Olhe, no outro dia, depois de ter ido à SIC, houve um grande economista que me ligou e me disse: "A única coisa em que discordo de si é que eu estou um bocado mais preocupado..."
Mas o senhor já fazia previsões catastróficas há dez ou 15 anos. Nesta altura Portugal já não devia existir. O que correu menos mal?Catastróficas, não! O que eu digo - e se calhar, essa mensagem não passa - não é para "amanhã". A sociedade portuguesa está viciada em falar "ontem" para "amanhã". Ora, a direcção que o nosso País leva não se mede entre dois centímetros, mas em dois metros. E se vir como estávamos em 2000 e como estaremos em 2010, verá. A longo prazo, anda não errei nada! Em 1995 escrevi um livro sobre políticas sociais. E disse que era absolutamente necessária uma reforma da Segurança Social antes do séc XXI. Ela só se fez agora, em 2006... Este ministro fazia parte da equipa que engonhou aquilo tudo. Disseram ao Guterres que isto estava garantido até ao fim do séc. XXI! Quem percebe isto dez anos depois, não deve ser ministro!
Mas olhe que os economistas falham muito nas suas previsões. Viu-se na crise e está a ver-se nas previsões sobre a retoma... O problema é diferente. Temos de olhar para os gráficos. Para a evolução da nossa Economia. A tendência de estagnação e empobrecimento. É perante esta tendência que eu digo "cuidado". Porque, ao mesmo tempo que temos uma economia menos produtiva, temos um estado que exige cada vez mais meios para sustentar os seus compromissos sociais! E a despesa social está a crescer três vezes mais do que a Economia!
Mas num país em que as pessoas já passam tantas dificuldades, podemos prescindir das despesas sociais do Estado? Não seria ainda pior, para as pessoas? Mas isso não serve de nada! O senhor não pode fazer política social com dinheiro emprestado!
Mas o senhor, que já critica tanto os serviços públicos, o que diria se o Estado fechasse ainda mais a torneira? Eu não critico os serviço públicos por uma questão de falta de dinheiro. Critico, por exemplo a Educação, que é uma vergonha e um crime que os políticos estão a cometer. Critico o funcionamento da Justiça. A burocracia.
Mas melhorou um pouco... hoje podemos pagar os nossos impostos pela internet, por exemplo... Não podemos estar sempre a dizer mal de tudo... Não quero subestimar essas coisas! Isso é óptimo! É um salto qualitativo dos serviços públicos! Mas isso não tem a ver com o sistema fiscal, que não está melhor. Está cada vez pior. Nesta área, o sistema legal está péssimo. O de execução melhorou muito, graças ao Paulo Macedo [ex-director-geral dos Impostos]. Mas o dos tribunais está, também, péssimo. As minhas críticas são de estrutura.
Se lhe pedissem que lhe salvasse as Finanças do País, faria um discurso similar ao de Salazar, quando lhe pediram o mesmo? É que o diagnóstico que faz do estado do País é idêntico ao que ele fazia... Há uma parte do diagnóstico que é parecido. Nós chegamos a um ponto em que gastamos muito mais do que aquilo que fazemos. O contexto do Salazar era muito próprio. Quando foi convidado, a primeira vez, esteve cá cinco dias. Percebeu quem era aquela gente. Mas em 1928 estávamos estrangulados. E o Salazar vinha escrevendo que isto só tinha uma solução, mexer no Orçamento. Com os empréstimos externos cortados, tiveram de ir buscá-lo. Portanto, isto dá-nos uma lição: ou percebemos a tempo a nossa doença, ou um dia teremos um Salazar.
Então, é de uma pessoa dessas que está à espera. Não, não estou à espera. É verdade que ele, entre 1928 e 1945, tirando as tropelias politiqueiras, foi o tipo de que o País precisou. Mas a desgraça recomeça em 1945. E, a partir de 1960, foi o fim. Nós, hoje, para mantermos uma política orçamental, mantendo as despesas sociais, temos de arranjar outra economia. E temos de reduzir as despesas.
Despesas sociais? Inevitavelmente, algumas. Só o dinheiro que a malta recebe do Estado leva 78% do bolo... A única coisa que podemos fazer é fazer com que a Economia dê mais dinheiro. Senão, temos de reduzir despesas, a doer.
Compara muito estes tempos com o estertor final da monarquia. Em que havia, se descontarmos a efémera ditadura de João Franco, dois partidos, esgotados e corruptos, que se alternavam no Poder - os progressistas e os regeneradores. Como o PS e o PSD de hoje? Esta democracia não funciona. Os partidos fecharam-se porque não querem gente de qualidade lá dentro.
Ou é a gente de qualidade que não quer ir para os partidos? Talvez, também. Mas é mais provável a primeira hipótese. Os partidos tomaram conta do dinheirito e as pessoas lá dentro esgatanharam-se para disputar a mesa do Orçamento. E o pessoal de qualidade está a governar-se por fora. O que tem a ver com as grandes obras que este Governo quer fazer, para dar dinheiro a ganhar a alguém. Estes projectos são criminosos.
O TGV, o novo aeroporto... Todas essas porcarias! Não são absolutamente essenciais, em primeiro lugar. E precisamos é de um Governo que crie as condições para atrair investimento estrangeiro e interno.
Mas um País sem produtos naturais, petróleo, diamantes, etc., o que deve fazer para enriquecer? Que clusters deve explorar? Não me interessam os clusters. Preciso é de ter um conjunto de condições que atraiam investimentos. externos e internos.
Os internos... enfim, há quem diga que os nossos empresários são tão fracos como o próprio país... Costumamos dizer quer os empresários são sempre incompetentes, os advogados uns gatunos, etc... Tudo isso tem uma parcela de verdade, todos nós temos uma certa rasquice incorporada... Temos que viver com ela. Mas não estamos cingidos aos empresários nacionais. Temos é de arranjar condições para que quem queira investir, invista. Essa coisa dos clusters é tudo conversa. Numa economia de mercado é o investidor que escolhe.
Mas num País sem recursos, o Estado tem de revelar alguma imaginação para estimular isso... O Estado tem de ter caco: os tribunais a funcionar bem e impedir que só haja imbecis a sair da escola. Isto é que são funções do Estado. A sua é escrever, a minha papaguear e a dos empresários investir! E eles investirão, se ganharem dinheiro. Ora, com o sistema de Justiça, a funcionar como funciona, o sistema fiscal também, e a corrupção a alastrar, ninguém vem para cá. Se o Estado fizer isto bem feito - e não é pouco - já actuará bem.
Mas a deslocalização do investimento não afecta só Portugal. Também afecta os nossos parceiros, onde há mais protecção aos trabalhadores. Os governos têm de dizer: 'Meus senhores, ou querem os empregos e passam a ganhar menos, ou querem mais dinheiro e não há tantos empregos'. As pessoas podem optar - e a democracia é isto. O País pode dizer: ' Ah, então antes queremos ser pobrezinhos, enrascados, passar o tempo na praia a apanhar sol' e tal. Pronto, então tudo bem. Ou então as pessoas querem viver melhor - e a malta quer viver melhor, coitada! E com toda a legitimidade.
Há uma ideia sua, neste livro, em que lembra que outros, na Ásia, ganham menos, não têm contratos vinculativos nem poder reivindicativo, nem são defendidos por organizações sindicais. E o senhor acha isto bem? Eu não acho bem!
Mas quer que se faça igual! Não. O que eu digo é que se o senhor não tiver nada, nenhum trabalho e, portanto, nenhum rendimento, como é que vive?
Temos de optar pelo mal menor? O que eu digo é que as pessoas, ou o Governo, não fazem a mínima ideia do mundo em que vivem.
Mas uma das soluções é pôr o País a funcionar, em termos laborais, como a Ásia... Não é como a Ásia! Os outros países da Europa funcionam!
Mas estão com problemas similares aos nossos, desse ponto de vista do emprego... Mas já viu populações ricas num país pobre, que não produz? Isso é que nunca existe.
E nos programas eleitorais, viu alguma proposta que o entusiasmasse? Não. Os programas eleitorais, com a dimensão que têm, são uma falcatrua.
O do PSD é mais sintético. Está bem, mas tenho ouvido o que a dra. Manuela Ferreira Leite tem dito e chega-me. Os programas são uma burla. Feitos para ninguém ler. São como as apólices de seguro: feitos para o eleitor nunca ter razão. Estão a fazer do pagode idiotas chapados.
Mas o CDS propõe baixa de impostos, o PSD quer acabar com o pagamento especial por conta... coisas que o senhor também defende. O CDS não percebeu que diminuindo os impostos, o Estado tem um défice maior.
Mas o senhor também defende essa baixa, neste livro. Mas quando for viável.
Mas isso é o que diz a líder do PSD! Está bem. Mas neste momento não é possível nem vai ser tão cedo.
Nem para atrair o tal investimento estrangeiro? Isso é outra coisa. Se fizermos as contas e tivermos a certeza de que resulta, então sim, é um toma lá dá cá. Mas dar borlas para depois eles não virem para cá, isso não. Se a Economia não mudar, os problemas financeiros agravam-se, os problemas sociais também e os políticos. A economia é o suspensório.
O senhor preconiza um governo de iniciativa presidencial com dirigentes que venham das profissões... ... Ou dos partidos.
Mas isso é fazer tábua rasa de eleições. Não é. Claro que os partidos teriam de concordar com esta solução transitória, para poderem fazer uma limpeza, renovar-se. A ideia era atirar para outra entidade a solução que os partidos não encontram.
Mas tanto Guterres como Sócrates foram buscar independentes e pessoas vindas, por exemplo da Academia. Essas coisas, normalmente, são para apanhar uns oportunistas. Têm sido uns pára-quedistas.
Mas veja o prof. Sousa Franco, por exemplo. Um académico, que não era aparatchik de nenhum partido. Ou no Governo Sócrates, que também teve figuras com este perfil. E as coisas não mudaram muito... Veja: no Governo Sócrates, o Campos e Cunha saiu quatro meses depois. Porquê?
Mas como avalia o desempenho do seu sucessor, Teixeira dos Santos?Avaliei positivamente até ao momento, há um ano e meio, dois anos, em que ele também começou a ser politiqueiro.
Mas um Governo de iniciativa presidencial tem mesmo pernas para andar?Não. Mas o que quero dizer é uma coisa parecida, alguém com o consenso do PS e do PSD.
Um Bloco Central sem Bloco Central? Exactamente. Alguém a quem se confira um mandato de confiança.
É quase um concurso público e a melhor oferta governava o País... Não, era dar a possibilidade de os partidos terem quatro ou cinco anos para se arrumarem e correrem com a escumalha que para lá anda.
E se o País sair ingovernável das eleições? Cavaco - que o senhor apoiou - não deverá ter alternativas em cima da mesa? O que eu sei é que se nenhum partido tiver maioria, entramos num caminho em que o dinheiro que vem lá de fora vai acabar. O primeiro solavanco que teremos, já na próxima legislatura, será um problema de crédito externo.
Mas se for tirar a um português de classe média o seu segundo carro, as férias em Cancoon e o pequeno-almoço fora todos os dias, porque ele que deve não sei quanto ao estrangeiro, como acha que ele lhe responde? Não dirá 'quero lá saber'? Se me derem uma hora e meia em televisão, em canal aberto, garanto que viro muita gente do avesso. Basta começar a falar na qualidade da educação e de onde isso nos levará.
Mas, no seu tempo, a Educação tinha melhor qualidade? Com meio país analfabeto? E se tinha, como chegámos à situação actual? Lá está você a confundir! Para as pessoas aprenderem não era preciso estarem lá todos! O abandono escolar, quando é feito por aqueles que não andam lá a aprender nada, é uma coisa boa! Nem gastam dinheiro à gente nem chateiam os outros! Esta ideia imbecil da escola inclusiva serve para depositar dentro de quatro paredes uns tipos! Para que o eng.° Sócrates e a Maria de Lurdes Rodrigues lhes passem, depois, um papelucho! Um tipo com cabeça devia perguntar, olhando para o papelucho: 'E isto serve para limpar o quê?'
Mas exagera um bocadinho. No seu tempo, em que a escola era tão "boa", havia 30 ou 40% de analfabetos. Hoje não há uma criança que não saiba aceder à internet. Não acha que melhorámos? Se a criança souber ler, escrever, ler, contar, pensar, expor, tudo bem. O Magalhães vai morrer por si próprio. As crianças escangalham aquilo tudo rapidamente ou vendem-no na Feira da Ladra...
Mas os paradigmas do conhecimento mudaram, em relação ao seu tempo. É melhor ter computador do que não ter... Sim, mas as coisas têm o seu tempo. Eu prefiro que eles estudem a tabuada. O problema é que isto é dirigido por gente que apanhou uns diplomas. Se tivessem estudado 30 anos, como eu estudei... Esta gente, a Lurdes Rodrigues, o Sócrates, etc., são do tempo do diploma fácil... É como as Novas Oportunidades, uma trafulice que ptretende dar em seis meses formação que só pode adquirir-se em três anos. Os patrões não vão engolir isso, quando se tratar de empregar as pessoas. Os asiáticos estão a progredir porque exigem muito mais do sistema educativo.
Mas alguma vez tivemos tanta gente qualificada como hoje, em Portugal?As elites são mais qualificadas do que no meu tempo. Mas o resto é muito pior. Eu deixei de ensinar, porque era um horror. Um dia encontrei um moço a quem perguntei: 'Mas, afinal, quando é que se vai embora? Quanto exames já fez comigo?' 'Fiz dez', disse ele. Quem quer estudar deve estudar. Quem não quer, mais vale fazer outra coisa. O que critico, no ensino inclusivo, é não dar alternativas na saída profissional, para quem não tem capacidade para chegar à universidade.
Falou das eleites. No livro acusa os banqueiros, que se supunham fiáveis, de se mostrarem indignos de confiança. E aponta o dedo ao País. Mas isto não sucedeu, ainda com maior acuidade, nos outros países? Sabe que o Madoff já está atrás das grades. E os EUA são os EUA. E eles, enquanto tiverem uma moeda que é aceite em todo o mundo...
Nós também temos... Não é bem nossa. Nós somos uns penduras que estamos lá. Mas os EUA têm a nota verde. Enquanto a tiverem, e o potencial de riqueza que têm, não tenha pena deles. Mas essa história dos banqueiros é completamente chocante. Eu não sou contra as altas remunerações para quem, realmente produz em conformidade. Mas, tirando um ou outro, os que estão na alta finança, e que vêm, muitas vezes, dos partidos, são uns aselhas como os outros. E estas pessoas ganhavam milhões por serem gestores geniais! E sérios!
Neste livro, o senhor decreta o fim da social-democracia e do Estado social. Eu não decreto. A realidade é que decretou. Não há democracia válida se os países não tiverem sustentabilidade económica. Acha que temos uma democracia a sério? Olhe, eu queria uma democracia como esta: o senhor Olmert, primeiro-ministro de Israel, foi acusado de se ter abotoado com uns dinheiros. Vai ser julgado. O presidente da República envolveu-se num escândalo sexual. Foi despejado. O senhor Nixon fez aquela pantominice do Watergate e foi-se embora. Uma democracia tem de ter um sistema judicial que funcione. E em Portugal? É o Freeport, são os sobreiros, os submarinos, os bancos... Tudo! Em Portugal, o Poder não quer que a justiça funcione. porque isso lhe trará dissabores.
Mas voltemos ao Estado social e à social-democracia... A social-democracia tenta igualar o mais possível a dstribuição de riqueza e desenvolver um conjunto de mecanismos que protege as pessoas em dificuldades. Foi um óptimo sistema enquanto houve dinheiro. E havia poucos reformados, e os estados tinham política económica. Agora, os estados receberam o passivo das políticas sociais, mas não os aspectos positivos: riqueza, pleno emprego, etc.. Se desapareceram os alicerces do Estado social, este passou a ser ficção. Estamos a fingir. Ou os políticos social-democratas repõem a economia, ou nada feito.
Mas o senhor profere estas afirmações numa altura em que o neo-liberalismo falhou mais clamorosamente e as ideias do socialismo democrático parecem regressar... O que se passou foi o abuso da liberdade contratual.
Por ineficácia do Estado como regulador... Exactamente! E eu não sou nada contra a intervenção do Estado! Mas a razão por que esta crise não me preocupou tanto como à maior parte das pessoas, foi porque, em 1929, os estados ficaram quietos. Desta vez, agiram.
Mas agiram num sentido mais esquerdizante... Fizeram o que tiveram de fazer.
O que nos remete para o regresso ao papel do Estado social... Pois, mas isso é um regresso de um instrumento da social democracia, não da social-democracia.
Mas o senhor professor não indica, neste livro, uma alternativa válida a esse sistema de Estado social a que as pessoas se habituaram a viver. Não há ainda alternativa. Estamos a caminhar para qualquer coisa que ainda não é bem definida, tal como a internacionalização da Economia não é ainda clara. Estamos numa nublosa e ninguém sabe qual é a ideologia que vem a seguir. O que eu digo é que terá de ser conforme as novas circunstâncias.
À luz destas reflexões, o que pensa das políticas de Barack Obama? Eu sou suspeito porque tenho por ele grande admiração.
Ele está a gastar mais com políticas sociais. Mas eu estou de acordo com ele. Nomeadamente no que diz respeito á reforma na Saúde.
Mas então está a entrar em contradição com as suas próprias convicções... Não. Nós temos é de ter um Estado social de dimensão conforme com a Economia. E os EUA têm ainda muito poucos encargos sociais e uma carga fiscal muito baixa. Em Portugal, temos de talhar o fato a partir daquilo que a Economia render. Mas temos de ter um Serviço Nacional de Saúde e Educação pública de qualidade.
Diz, no, livro, que entrámos no período de maior decadência depois do 25 de Abril. Mais do que no PREC ou os tempos de quase banca rota do início da década de 80?! São contextos diferentes. Agora estamos em velocidade de cruzeiro, e não sob perturbações políticas decorrentes da revolução. E é com ese critério que eu defendo essa tese.
O que achou desta polémica sobre a TVI? Senti-me a viver no Estado Novo. Não me lembro de nada tão estranho, em democracia. Primeiro tentam comprar a estação. Depois desistem. Depois correm com um tipo. Depois alguém telefona de Espanha... Bem, eu, como desconfiei sempre do Estado Novo, também desconfio disto.
O senhor professor vai votar? Não sei, é uma angústia que tenho. Ainda não decidi nada. Mas estou com muito medo dos próximos quatro anos.

domingo

Cavaco e Zapatero

Portugal / España

Cavaco Silva solidário:

- Manuela, os espanhóis “no pasarán”. Já telefonei ao Nun’Álvares Pereira. Está tudo controlado. A ASAE vai autorizar-te a fazeres pão em Aljubarrota e a utilizares uma pá de madeira.

Zapatero solidario:

- José, hombre, caramba, no tienes suerte con las Manuelas … Quieres que hable con la Prisa una vez más ?
-

sexta-feira

Fica ao vosso critério a escolha do Partido ......

ANTES DA POSSE
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O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar os nossos ideais
Mostraremos que é uma grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo da nossa acção.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
as nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que
os recursos económicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que Somos a nova política.
-
DEPOIS DA POSSE
-
Basta ler o mesmo texto acima, DE BAIXO PARA CIMA

Fado á desgarrada ......

quarta-feira

Miguel Torga....Conquista

Conquista
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Livre não sou,
que nem a própria vida
Mo consente.
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Mas a minha aguerrida Teimosia
É quebrar dia a dia Um grilhão da corrente.
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Livre não sou,
mas quero a liberdade.
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Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
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Depois de ter a lua!
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Miguel Torga, in 'Cântico do Homem'
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Lembrando Miguel Torga

Miguel Torga lembrado esta manhã em Coimbra, com a inauguração de um memorial




A assinalar o nascimento do escritor e poeta, a cidade que Miguel Torga escolheu para viver e onde acabou por morrer, prestou-lhe uma última homenagem.
Oiça a reportagem de Rita Rodrigues.

domingo

Descrença geral acerca dos politicos


Há uma descrença geral acerca dos políticos. É certo que todos se conluiaram na aprovação da lei do financiamento dos partidos que dava lugar à lavagem de dinheiro, â corrupção e ao enriquecimento ilegal. Nunca de unem para os grandes problemas nacionais. Nenhum contrariou o Paulo Rangel quando disse que ética e política são duas coisas independentes sem terem nada da entre si. Todos aceitam que haja candidatos arguidor e com suspeitas de ilegalidades.
Uma pessoa honesta não passa procuração a desonestos. Ninguém deve dar o voto (com todos os poderes) a candidatos que não merecem confiança. Como votar???

Não parece que a abstenção seja a melhor solução, pois o VOTO EM BRANCO parece mais adequado. Vejamos:Quem está descontente com o que se passa de menos correcto da parte dos partidos e dos políticos tem três opções: voto nulo, abstenção ou voto em branco.Quem vota NULO constitui o grupo dos analfabetos ou malcriados que não sabem preencher o boletim ou riscam ou escrevem ordinarices.A ABSTENÇÃO engloba os cobardes, indiferentes, preguiçosos, comodistas, que se estão nas tintas para os destinos do País e preferem ficar em casa a dormir ou a ver a telenovela.Pelo contrário, quem vota em Branco constitui o grupo dos que não concordam com a forma como os partidos estão a não encarar o destino de Portugal, a pensarem só nos seus interesses e no dinheiro vivo, e, por isso, decidem mostrar aos políticos que não confiam neles e não os consideram merecedores do seu voto. É um acto voluntarioso muito diferente dos outros dois. É uma bofetada nos políticos. Nas últimas eleições os votos em branco foram quase 5% dos votos entrados nas urnas. Nas próximas poderão ser mais de 40%. De estes três grupos, o mais digno, lógico e sensato é o terceiro.

Se dúvidas houvesse, ficou ontem (no debate) que Manuela Ferreira Leite, em arrogância, consegue bater Sócrates.
E que as suas políticas são de Direita.
Assim, em quem resta votar ?
Cada um saberá.
(Eu sei em quem vou votar).
Cada um votará, como sempre, em Consciência.
Falta de esclarecimento não há.

Depois, depois, não nos queixemos.
Detesto choraminguices.
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Age-se, não se choraminga.

O PSD já ganhou.....e com maioria absoluta!

Capa FHM Setembro 2009

Cartaz do PSD na imprensa espanhola.

«Mención especial merecen los carteles de Ferreira Leite que jalonan las carreteras portuguesas. "Não desista. Todos somos precisos", reza. Pero la desolada foto en blanco y negro de la candidata, sin maquillar, podría hacer pensar a los turistas que visitan el Algarve que se trata del mensaje de una asociación de apoyo a la tercera edad o de prevención del suicidio.»

terça-feira

O Povo é que decide !!!


Quero ir de grelha !!!

Luxo ou Não

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Presos com direito a televisão por cabo, incluindo a Sport TV.
40 canais na cela por quatro euros
Por pouco mais do que o preço de um maço de cigarros quatro euros e 40 cêntimos os reclusos do Estabelecimento Prisional do Linhó têm direito a televisão por cabo na cela, incluindo os canais da Sport TV.
Reclusos já não precisam de salas de convívio para ver o futebol. Agora podem fazê-lo nas suas celas

O serviço Meo já chegou à cadeia, mas a um preço bem mais atractivo do que o praticado para os clientes particulares da Portugal Telecom (PT). A troco de 4,40 euros por mês, os reclusos do Linhó têm direito a assistir a 40 canais, incluindo o acesso à Sport Tv 1, 2 e 3.

Neste pacote especial são disponibilizados 30 canais fixos (estão de fora os de teor sexual), mais sete escolhidos pela direcção da prisão e os restantes três dedicados ao desporto, com transmissões em directo de algumas das principais provas desportivas.

Se um cliente normal da PT quiser um pacote semelhante, por exemplo o Meo Satélite com os três canais da Sport TV, tem de pagar uma mensalidade de 30,5 euros, a que se juntam três euros mensais para o aluguer da box.

Mesmo assim, fica a perder em relação aos reclusos, uma vez que o serviço contempla apenas 26 canais fixos. O mesmo acontece com a assinatura do serviço da Sport TV, que custa 26 euros por mês fora da cadeia, segundo a tabela de preços da PT.

Antes de optar pelo serviço Meo, a direcção da cadeia contactou com a TV Cabo, mas os preços pedidos por esta operadora foram considerados excessivos.

O sistema está a funcionar desde Setembro do ano passado e resulta do esforço dos responsáveis pelo estabelecimento. O objectivo é o de que "a população reclusa possa ter acesso a um sistema de serviço televisivo melhor e mais adequado às necessidades dos reclusos e muito mais moderno", explica o director João Paulo Gouveia num despacho a que o CM teve acesso.
Segundo a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP), "ultimamente têm surgido reclamações" por não terem sido retirados os aparelhos a quem já desistiu do serviço.
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DIVERSÃO
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Os reclusos do Linhó podem ainda ter na cela uma PlayStation 1 ou 2, com oito jogos e oito filmes originais.
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MELODIAS
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Para audição de música é autorizado um rádio leitor de CD e 15 discos originais.

terça-feira

Poema a los AMIGOS


• Poema a los Amigos

No puedo darte soluciones
para todos los problemas de la vida,
ni tengo respuesta
para tus dudas o temores,
pero puedo escucharte
y compartirlo contigo.

No puedo cambiar
tu pasado ni tu futuro.
Pero cuando me necesites
estaré junto a ti.

No puedo evitar que tropieces.
Solamente puedo ofrecerte mi mano
para que te sujetes y no caigas.

Tus alegrías.
tus triunfos y tus éxitos
no son míos.
pero disfruto sinceramente
cuando te veo feliz.

No juzgo las decisiones
que tomes en la vida.
me limito a apoyarte
a estimularte
y a ayudarte si me lo pides

No puedo trazarte límites
dentro de los cuales debes actuar,
Pero sí te ofrezco ese espacio
necesario para crecer.

No puedo evitar tu sufrimiento
cuando alguna pena
te parta el corazón,
Pero puedo llorar contigo
y recoger los pedazos
para armarlo de nuevo.

No puedo decirte quien eres
ni quien deberías ser.
Solamente puedo
amarte como eres
y ser tu amigo.

En estos días pensé
en mis amigos y amigas,
No estabas arriba,
ni abajo ni en medio.

No encabezabas
ni concluías la lista.
No eras el número uno
ni el número final.

Dormir feliz.
Emanar vibraciones de amor.
Saber que estamos aquí de paso.
Mejorar las relaciones.

Aprovechar
las oportunidades.
Escuchar al corazón.
Acreditar la vida.

Y tampoco tengo
la pretensión de ser
el primero
el segundo
o el tercero
de tu lista.

• Basta que me quieras como amigo. Gracias por serlo.
Autor: Desconhecido