quarta-feira

Assustador .........



É UMA MULHER CREDÍVEL, DUM PAÍS CREDÍVEL.
E nem posso dizer que seja para mim novidade absoluta...
À maioria bem instalada só fazem falta uns tantos escravos...

O depoimento da ex-Ministra da Saúde da Finlândia, Dra. Rauni Kilde, é muito claro e corajoso.

sexta-feira

VIV'Ó REGABOFE


VIV'Ó REGABOFE


Maugrado o voto de pobreza a que a Ordem Franciscana obriga, Frei Vítor Melícias, o inefável pantomineiro socialista de todos conhecido, recebe uma modesta reforma de € 7450!!!!! Será que a entrega direitinha à Ordem Franciscana e a distribui pelos mais necessitados????
Padre Melícias com pensão de 7450 euros
O padre Vítor Melícias, ex-alto comissário para Timor-Leste e ex-presidente do Montepio Geral, declarou ao Tribunal Constitucional, como membro do Conselho Económico e Social (CES), um rendimento anual de pensões de 104 301 euros. Em 14 meses, o sacerdote, que prestou um voto de obediência à Ordem dos Franciscanos, tem uma pensão mensal de 7450 euros. O valor desta aposentação resulta, segundo disse ao CM Vítor Melícias, da "remuneração acima da média" auferida em vários cargos.
Vítor Melícias entregou a declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional em 2 de Fevereiro de 2009, mais de um ano após a instituição presidida por Rui Moura Ramos ter clarificado a interpretação da lei que controla a riqueza dos titulares de cargos políticos. A 15 de Janeiro de 2008, o Tribunal Constitucional deixou claro que, ao abrigo da lei 25/95, 'de entre os membros que compõem o CES, se encontram vinculados ao referido dever [de entrega da declaração de rendimentos] aqueles que integrem o Conselho Coordenador e a Comissão Permanente de Concertação Social, bem como o secretário-geral'.
Com 71 anos, Vítor Melícias declarou, em 2007, ao Tribunal Constitucional um rendimento total de 111 491 euros, dos quais 104 301 euros de pensões e 7190 euros de trabalho dependente. 'Eu tenho uma pensão aceitável mas não sou rico', diz o sacerdote.
Melícias frisa que exerceu funções com 'remuneração acima da média, que corresponde a uma responsabilidade acima de director-geral', no Montepio Geral, na Misericórdia de Lisboa, no Serviço Nacional de Bombeiros e noutros organismos.


EM NOME DO PAI, DA MÃE E DOS TÓTÓS QUE ALIMENTAM ESTES PROCHENETAS...

ABRAM OS OLHOS, IRMÃOS, UMA VERGONHA!!!

segunda-feira

Frases Y Autores .......

Frases y autores:

Me molesta la gente que no da la cara. (Anónimo)

Vayamos al grano. (Un dermatólogo)

Vayamos por partes. (Jack El Destripador)

No a la donación de órganos. (Yamaha)

Mi esposa tiene un buen físico. (Albert Einstein)

Yo empecé comiéndome las uñas. (La Venus de Milo)

Nunca pude estudiar Derecho. (El Jorobado de Notre Dame)

A mí lo que me revienta son los camiones. (Un sapo)

Ser ciego no es nada, peor sería ser negro. (Stevie Wonder)

Siempre quise ser el primero. (Juan Pablo II)

Cuando te fuiste me dejaste un sabor amargo en la boca. (Monica Lewinski)

¡Me las pagarás! (Fondo Monetario Internacional)

¡Basta ya de realidades... queremos promesas!(Los pobres)

Tengo todos mis hijos de apellido distinto (Carlos Distinto)

Hemos batido a la competencia. (Moulinex)

No a los golpes, sí a los porrazos. (Bob Marley)

La leche engorda. (Una embarazada)

¡No más derramamiento de sangre! (Tampax)

Tengo un corazón de piedra. (Una estatua)

Tengo nervios de acero. (Robocop)

El coche nunca reemplazará al caballo. (La yegua)

La mano viene movida. (Parkinson)

Mi padre es un viejo verde. (El Increíble Hulk)

¡Mamá, lo sé todo! (El Pequeño Larousse Ilustrado)

Nuestra madre es una loba. (Rómulo y Remo)

Me dijeron que jugara pegado a la línea blanca. (Diego A. Maradona)

No al paro. (Un cardíaco)

Tengo un nudo en la garganta. (Un ahorcado)

Creo en la reencarnación. (Una uña)

X. (Un analfabeto)

Mi novio es una bestia. (La Bella)

Mi mamá es una rata. (Mickey)

Estoy hecha una vaca. (Un toro gay)

Estoy hecho pedazos. (Frankestein)

En casa nos llevamos a las patadas. (Kung Fu)

Me gusta la humanidad. (Un caníbal)

Al fin solos. (El Llanero Solitario)

El que llegue primero es un feto. (Los espermatozoides)

No veo la hora de irme. (Un ciego)

¡Basta de humor negro! (Ku Klux Klan)

Mi novia es una perra. (Pluto)

Aquí el que no corre, vuela. (Un terrorista)

No veo un pito. (Una monja)

Eres la única mujer de mi vida. (Adán)

Estoy encinta. (Scotch)

¡Se me estropeó el despertador! (La Bella Durmiente)

Es mejor dar que recibir. (Un boxeador)

Mi madre es una arrastrada. (Una culebra)

Levantaré a los caídos y oprimiré a los grandes. (El sostén)

domingo

Crónica do Fim Semana !!!

A Arte e o Sonho, ou há Países do Caraças...

Grande amador da verdadeira Arte que sou, estava há dias a passar os olhos sobre as célebres gravuras de Brueghel, quando uma delas me deixou estupefacto e verdadeiramente impressionado, quando me puz a observá-la. É aquela que se mostra abaixo e que, garanto, não é da minha lavra mas do grande Mestre Holandês, 1559-69:
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Isto fez-me lembrar qualquer coisa, e fiquei tão impressionado que, ao deitar, tive um sonho, ou antes, um terrível pesadelo.
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De facto, sonhei que vivia num País que, lentamente, se tinha vindo a transformar na maior área de exploração Agro-Pecuária da Europa, quiçá do Universo.
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A sua população estava dividida em dez estratos perfeitamente definidos:
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No topo da hierarquia, estavam os felinos, os todo-poderosos Lavradores, meia dúzia de Gatos-pingados auto-proclamados importantes, muitos que tinham amassado grossos Cabedais de modos ínvios e quase-secretos;
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Logo a baixo, estavam os Cães-Pastores, lacaios e capangas dos primeiros, indivíduos formados nos Partidos Políticos e que obedeciam, cegamente e sem vacilar, às directivas dos Lavradores, doesse a quem doesse. Estes dois estratos formavam as chamadas Élites.
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Logo a seguir, vinham os Porcos, que tinham como função nesta sociedade, comer toda a merda que as Élites, as Forças de Segurança e o Poder Judicial produziam. E acreditem que era muita.
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Era destes Porcos, em fim de vida útil, que se produziam os celebrados enchidos e secretos de Porco Preto, iguaria esta que os outros habitantes procuravam sofregamente, na esperança de ficarem a saber, por transferência genética, alguns dos segredos que eles guardavam até à cova (e isto em sentido amplamente figurado).
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As funções Judiciais eram desempenhadas por Macacos Monge, brasileiros, treinados pelos Pastores e, ocasionalmente, pelos próprios Lavradores, para ficarem aptos a resolverem casos mais bicudos, como os dos apitos (dourados, prateados ou simplesmente de pau, que também os havia), os dos peidófilos (pessoas que após ingerirem cabritinhos de leite, desenvolviam demasiada flatulência), e os do crimes de coleira branca e de abuso da manjedoura pública (ou de euros-gula).
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Eram chamados, pelos outros habitantes, de Macacos-Juízes.
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Para coordenar a Segurança e a Defesa, alimentavam-se bem as Mulas e importavam-se alguns Camelos bem ajaezados do Próximo Oriente. Obviamente, porque as Mulas , são sempre Mulas e os Camelos são escorreita e perfeitissimamente, Camelos.
No fim da cadeia, vinham as gentes comuns: as Vacas, os Bois, os Carneiros, os Cabrões e os Ratos.
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As Vacas, abriam as pernas e davam a toda a gente, a troco de mais palha;
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Os Bois, comiam o que as Vacas deixavam, e ruminavam em silêncio sobre os pares de cornos que os adornavam;
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Os Carneiros, faziam o que os Pastores lhes mandavam, e diziam “mééérda;
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Os Cabrões, aqueles que até sabiam que o eram, vagueavam pelas serranias;
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E os Ratos, escondidos nos alfôbres das Élites, farejando daqui e dali, iam comendo as migalhinhas que caíam das mesas para o chão. Dizia-se, à boca pequena, que esperavam pelo aperfeiçoamento da Engenharia Genética para, num futuro próximo, ganharem mais corpulência e subirem aos postos dos Pastores, disfarçados de Coelhos, e muito discretamente, alguns mantinham a secreta esperança de um dia chegarem a Lavradores.
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Mas isto eram apenas mexericos, desconfiámos que de invejosos, visto que, como é seu apanágio, os Ratos estavam quietinhos que “nem ratos”, e ao mais pequeno ruído, fugiam para as suas tocas e esperavam que a crise passasse.
Para um observador incauto, e habituado a outras vidas, como eu, que vivo na mais sagrada e ampla Democracia e com uma Constituição que me garante Virtualmente Tudo, este tipo de Sociedade em franco desenvolvimento, poderia parecer mal organizada, imoral (ou amoral, se preferirem) ou até mesmo decadente.
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Mas após um exame mais profundo, cheguei rapidamente à conclusão, e ainda no sonho, que o não era – antes pelo contrário.
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Após uma eleição por voto secreto (eleição que era necessária porque as famílias de Lavradores, todas elas aparentadas entre si por casamento, concubinato ou simples infedilidade conjugal, previram esta necessidade Democrática para aquietar a população), o Novo Governo democraticamente eleito em cada quadriénio, cumpria logo de início de funções as suas promessas eleitorais e aplicava o seu Programa Económico, dividindo o Rendimento Bruto proveniente da Tributação Fiscal (que por sua vez era dividida em Impostos Directos, Indirectos, semi-Directos e semi-Indirectos, Especiais e Adventícios, sobre o que se gastava e o que ficava por gastar, sobre os negócios e transacções (obviamente excluíndo Bancos, Companhias de Seguros, Empresas Estatais, pré-Estatais, pró-Estatais ou com comparticipação do Estado - Casinos e Casas de Jogo, Bares de Alterne e Equiparados (Casas de Meninas), Distribuição de Droga, Casas de Chuto, e outras Sociedades Civís sem Fins Lucrativos para
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Protecção dos Mais Carenciados, como se segue:
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• 85% do Orçamento Geral do Estado era consumido pelos Lavradores, parentes, amigos e conterrâneos, no Activo ou nos Quadros de Reserva do Estado, porque isto era um Estado de Direito... e de Graça.
• 9% do mesmo Orçamento era destinado à melhoria dos vencimentos dos Pastores, normalmente de 200%, cuja incansável actividade partidária tinha garantido a Eleição do Novo Governo, para assegurar que esta laboriosa classe viesse a garantir a Eleição do próximo.
• 1% exclusivamente para as vacas mais vistosas, que davam os leites (leia-se leitos) a Lavradores e a alguns Pastores mais importantes.
• 1% eram aplicado no aumento das Pensões de Reforma dos Lavradores e Pastores, que seria indigno para o país que fossem abaixo dos 30% ao ano.
• 4% restantes, para distribuír pela população, dentro da conhecida teoria do “cavalo do inglês”, não precisam de comer muito porque engorda, e a gordura é uma doença anti-social.
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Estes 4% eram equitativamente repartidos como segue:
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- 1% para os Porcos, responsáveis pela Higiene, Ecologia e Bom Nome da Nação;
- 1% para os Macacos-Juízes;
- 1% para as Mulas e Camelos;
- 1% para distribuír pelo resto da população, atendendo às seguintes prioridades:
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Metade para as Vacas, ou seja, mais 100 gramas mensais de ração especial à base de Farinha de Peixe, importada de Espanha, que lá nesse país, os habitantes já não gostavam do mar e pescar é bom para o preto.
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Bois, a outra metade, ou seja, mais 50 gramas mensais de palha liofilizada, proveniente do Canadá;
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Carneiros, ficavam na mesma, que fossem lá protestar com méés para o caraças;
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Cabrões, não levavam nada porque, envergonhados, tinham paradeiro incerto;
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Ratos, também não levavam nada, porque nunca faziam ouvir a sua voz.
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Os Reformados, de Porcos para baixo, não levavam nada, ou tirava-se qualquer coisinha, para ver se morriam depressa e assim ajudavam a equilibrar as Contas da Segurança Social.
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As reuniões ministeriais, entre Ministros ( todos Lavradores, Pastores e, ocasionalmente, um ou outro Camelo, Mula, Vaca ou Carneiro em vias de ascensão social), tinham chegado a um modus-operandi extremamente funcional e produtivo: como ninguém percebia nada dos assuntos em agenda, ficavam todos à espera da primeira “bacorada” que saísse, fosse quem fosse que a originasse (ao contrário do que se podia pensar, neste País as “bacoradas” não eram atributo exclusivo dos Porcos, pelo contrário, quanto mais alto estivesse o personagem, mais “bacoradas” podia dizer. (Não é aqui nem o local nem a hora, mas estou a preparar o “Livro Vermelho das Bacoradas” ditas pelos Lavradores e Pastores deste Governo,daquele, do do sonho, que tal como o Princípe do Maquiavel de antigamente, o Protocolo dos Sábios do Sião ou mesmo o 1984 do Orwell, irá ter lugar nas mesinhas de cabeceira dos próximos Governantes.
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Nestes calmos conciliábulos, o Chefe do Governo (que por acaso até era engenhêro) fingia pensar demoradamente sobre a “bacorada” expressa, e acabava dizendo: “ tá bem, deixem fugir a medida que nos propomos tomar para os media – se houver protestos, publicamos um desmentido, e tomamos a medida contrária, se ninguém protestar, só falta publicar a Lei.
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E assim, a Concertação Social entre todos os Sectoress do Estado e da Administração Pública, e a população em gera,l era perfeita e cobria todas as actividades não produtivas do País, porque na realidade, ninguém produzia a ponta de um corno: quando não quando, o Sindicato Democrático dos Carneiros, cujo Secretário-Geral era um Pastor “under-cover”, fazia uns gemidos em surdina e organizava as Grandes Festa da Carneirada, enquanto o Sindicato Social-Democrático dos Bois Castrados, dirigido por outro Pastor difarçado, fazia algumas manifestações Nacionais, com bem badaladas Vacas da TV, para a qual todos pagavam o respectivo imposto. Até os Mulas e os Camelos quizeram constituír um Sindicato, mas depois de alguns assobios do Pastor da Tutela e de ver os dentes do cães-polícia, contentaram-se com Associações. Que, diga-se de passagem, têm sido muito úteis, dado que com a quotização entre os membros, já podem comprar através da Associação, com descontos, a prestações e até a pagar com senhas de almoço, os coletes de segurança, os fardamentos estragados em perseguição de criminosos e Mk23 de contrabando, em vez de pagarem tudo à cabeça ou usar as Walter de 1941, em saldos de surplus de fins da Grande Guerra.
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Mas quer umas quer outras reuniões desta bicharada, acabavam sempre em bem, só com uns copitos a mais, porque “dar de beber à dor é o melhor, lá dizia a Mariquinhas”.
Os maiores espectáculos e actividades culturais desta Sociedade, em que a população se dignificava e ilustrava, eram:
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- Os dias da publicação das revistas cor-de-rosa, em que (pastores altamente especializados) inventavam notícias e escândalos, para alimentar a despudorada imaginação das Vacas de todas as raças, credos e opiniões políticas.
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- Os dias da publicação de jornais e revistas desportivas, nas quais escreviam conhecidos Pastores, e um ou outro Carneiro promovido, cujas opiniões, por vezes diametralmente opostas sobre a excelência dos Carneiros deportistas, as malandrices do Capãozinho do Litoral ou do Major Laureado ocupavam Bois, Carneiros e Cabrões durante a semana, sem mais distúrbios que umas ocasionais e inofensivas marradas uns nos outros.
As distracções populares eram:
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- Às horas das 14.800 telenovelas, horárias, diárias e semanais, de todas as procedências (do Brasil à Indonésia, e isto é que é Democracia, ver merda sem atender à origem, qualidade ou credo), actividade que substituiu a Bíblia como ópio do povo, de acordo com os mais variados Blocos de Esquerda e de Direita, ficar aparvalhados à frente do Televisor, 80% a ressonar.
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- As transmissões directas da Assembleia da República, que eram, de forma geral, um gozo ver, muito mais hilariantes que as débeis representações dos Miaus Fedorentos (e estes, realmente, fediam), obtinham records de audiência.
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- Também muito apreciados eram os discursos Trágico-Cómicos dos Presidentes da República (semi-Divinos e meditabundos Verbos de Encher) e dos Pastores ligados à Governação, especialmente nas alturas Eleitorais, principalmente porque não eram interrompidos por anúncios e podia-se dormir à vontade.
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Os desportos mais concorridos dos pobrezinhos (que ainda existiam um ou outro, mas por vontade própria, porque as oportunidades de dizer “bacoradas” eram iguais para todos, embora que uns mais iguais que outros), eram:
- passar os dias das semanas nas longas filas dos Postos da Segurança Social e nas Urgências dos
Hospitais.
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- Como desporto nocturno, repartia-se o povo entre duas actividades muito populares – ou contar à noite os centimos para no dia seguinte irem gastá-los nos remédios sem desconto da Farmácia ( e a Segurança Social aqui neste País não dava para tudo), ou em serões em família: o pai dava traques e a família aplaudia.
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Uma particularidade especial desta Sociedade, era o descaramento, a desfaçatez e a impunidade com que os Pastores “chegavam, diziam, tiravam o chapéu e iam-se...para Grandes Empresas ”.
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Estou-me a lembrar de ter sonhado, como que ao vivo, que assistia a uma cena protagonizada por um Pastor que não fazia parte das castas que mencionámos (este, por estranho acaso, era um Rato), que a dada altura de dez anos atrás, tinha dado uma entrevista dentro de uma estação de Metro, próximo (no espaço e na qualidade) das Obras de Sta Engrácia, à RTB (Rádio-Televisão da Bacorada), num cenário de Pastores vestidos a rigor, com capacetes de obras, apressados retoques de make-up, e tudo.
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Esta entrevista tinha sido dada e transmitida por todos os Canais devido ao facto do corredor por onde passaria o Metro, ter aluído. O Pastor-Ministro, pelos vistos perito em Obras Públicas, como se viria a comprovar mais tarde, com voz grave, dicção pausada, muito sério e o ligeiro sotaque saloio que o caracterizava, disse para quem o quiz ouvir : “Podeix xestar dexcanxados, porque a obra vai ficar pronta no prajo e xem encargus adixionais pró pobo”.
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Demitiu-se, quando deu outra bronca, mas dez anos depois a população do país ficou a saber que
apenas teve que pagar, a mais, trinta milhões de aérios (nome que neste país se dava à moeda corrente, pela velocidade com que voava das mão de cada um), fora o que ainda iria escorrer, quantia a todos os títulos, insignificante...para ele, Pastor, que por acaso até foi a Presidente do Conselho de Administração da Construtora do Gil (aquela que construía o túnel do Metroplitano mas também a Casa do Gil).
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O Pastor-Rato, por onde andava ? Passado à clandestinidade mediática, algumas investigações subsequentes levaram à conclusão de que afinal não era bem um Rato vulgar, mas um Rato corpulento a quem alguém teria cortado o rabo e com três intervenções de cirúrgia plástica, passava por Coelho. Como todos os outros seus colegas de espécie, ficou caladinho que nem um rato e nunca mais ninguém o viu...ou culpabilizou. Espantoso!
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Deste Pastor-Rato-Coelho, contavam-se muitas Histórias e só a título de exemplo vou contar uma que ouvi repetidas vezes de Carneiros diferentes: dizia-se que o Pastor-Rato-Coelho, no princípio da carreira, tinha ido em visita oficial à Itália e tinha sido recebido em casa do Ministro da Obras Públicas do Berlusconi.
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À chegada, ficou estupefacto com o “estadão” do Ministro: Palacete Renascentista, frota de 14 automóveis (em que o mais baratinho era o Rolls Silver Shadow) 6 motas de alta cilindrada (entre as quais uma Laverda de edição limitada), um helicóptero no seu heliporto nas trazeiras, jardim semi-tropical, duas piscinas Olímpicas (uma delas coberta e com aquecimento centra), um camião atrelado a um semi-reboque que ostentava um iate de 48 metros, enfim, o Pastor-Rato-Coelho estava sem fala, mas por fim titubeou – “Ma, ma, lei sei Rico? E o Ministro disse – “Io, rico ?, No, no, vedi quella autostrada ?” E o Pastor Coelho “–Ma, ma, qualle autostrada ?” e o Ministro, secamente – “Precisamente !”
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Depois da bronca da Estação do Metro, foi a vez do Italiano visitar este maravilhoso País da Carneirada, e o Pastor-Rato-Coelho lá estava no Aeoporto à espera do jacto particular do Ministro, ao volante do seu Maseratti 4.2. Levou-o à Quinta da Marinharia (chama-se da Marinharia porque se assume que os que lá vivem, são como os marinheiros, nem carne, nem peixe) e foi a vez do Italiano ficar deslumbrado: 18 hectares de relva, com canteiros floridos por tudo quanto era sítio, caminhos na relva em mármore de Vila Viçosa, via Carrara, estátuas helénicas dignas de Museu, um Palacete árabe com retoques Rócócó (na verdade mais cócó que Ró), e em frente da entrada, 22 carros de colecção digna dum Príncipe Saudita, 12 motas, 2 motas de areia, 5 motas d’água, três iates nos respectivos semi-reboques, dois helicópteros (um dos quais da Força Aérea com piloto e tudo), enfim, o Italiano estava embasbacado e disse “, Ah, ma ancora lei si, lei e rico “ . E o Pastor Coelho respondeu “No, no, vedi quella stazione di Metro ? E o Italiano perguntou- “Qualle, quella qui no lavora sei ani fa ?” E o Pastor Coelho respondeu – “Precisamente”.
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Toda a população, Bois, Carneiros, Cabrões, Ratos (aqueles que não têm posses para se tornarem Coelhos) e muitas das Vacas, tem um medo que se pela de se dirigir a Tribunais, Polícias, Finanças, Repartições Públicas ou Autárquicas, Hospitais, enfim, de todas as Instituições que cheirem, mesmo que levemente, a Governo; e este medo tem ampla razão de ser: entram de peito feito e saiem de lá por duas portas: por uma, tosquiados até à medula, por outra, presos, prenhos e entregues ao Governo, com penhora automática dos bens que possuirem. Mas isto só acontece de Porcos para baixo.
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A propósito, fiquei a saber que uma das actividades preferidas da Élite daquele País, era inventar, e fazer chegar aos Media (através dos Porcos, claro está), aleivosias graves sobre os seus colegas que estavam no Governo ou que tinham atingido lugares de proeminência social (assim como a fama do Clinton).
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Contou-me uma idosa Senhora, que morava lá para Belém do Pará, que um dia rebentou um escândalo sobre uns figurões que contratavam meninos (mas já espigadotes), directa ou indirectamente (através dos Porcos, sempre os Porcos), e espalhou-se que neles praticavam sevícias sexuais. Esta cena parece, pelo que a idosa Senhora me disse, que foi uma “fita” que deu brado !
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Ele foi investigações de Mulas e Camelos, ele foi audiências de Macacos-Juízes, ele foi Pastores-Procuradores, Pastores-Advogados, Pastores-Comissários, Carneiros-informadores, foi um verdadeiro pandemónio. Um dos Macacos-Juízes, novo no lugar e que batia muitas vezes no peito, assim tipo Tarzan, mandaram-no pastar caracóis para uma terreola de 223 habitantes, que lá não tinham Macaco-Juíz, e “considere-se promovido e não diga que vai daqui”, disse o Ministro da Tutela.
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Ao fim e ao cabo, o Processo foi Arquivado, não por falta de provas, como alguns ignobilmente alardearam, mas antes pelo contrário, por as provas serem em demasia e contraditórias: verificou-se que os meninos (já espigadotes), não eram seviciados, mas que, pelo contrário, recebiam uns “presentes” mas era para “paparem” os tais figurões que os contratavam.
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Os figurões em causa tiveram que passar a vestir-se de Travestis e frequentar o bar de Gays que um qualquer maroto Presidente da Câmara (diziam que de passado duvidoso, cala-te boca) tinha inaugurado na cidade havia algum tempo.
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A mesma Senhora disse-me ainda que o que estava a dar, lá nesse país, era abrir contas na Suíssa, não para fugir ao Fisco ou para lavandaria de aérios, nada disso, mas para depositar os dinheiros para a subsistência dos familiares que por lá andavam perdidos, sem eira nem beira, coitados. Até a Suissa ja anda tão por baixo !
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Falou-me de um caso, que chegou a ser noticiado na página 9 (a dos anúncios) de alguns tablóides, protagonizado pelo Presidente da Câmara Municipal das Eiras, que apenas lá tinha uns tostões depositados a favor dum primo, porque parece que teria negociado uns terrenos, lá nas Eiras, que eram desse primo e estava a pagar-lhe em prestações mensais, pobre mas muito honesto Pastor, conforme podia.
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Afinal, e depois de muito bem investigado o caso, a denúncia tinha sido falsa (inveja, neste Páis, há muita), o Pastor-Presidente foi apenas condenado a Serviço Cívico, e lá voltou para Presidente da Câmara das Eiras
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Esta Senhora e as amigas, que se encontravam todas as tardes “às cinco en punto” para o ritual do cházinho da Dona Ângela, e para distribuír alguns pares de bandarilhas nas efígies de vacas e carneiros mais notórios, contaram-me tantas histórias que, se eu as tentase escrever, dariam mais volumes de capa e espada (salvo seja) que o Rocambole do Ponson du Terrail. Mas eu não quero ser tão famoso como a Oprah e não conto mais.
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Acordei, em sobressalto, com o despertador fisiológico a dizer-me que estava na hora do chi-chi nocturno; com um travo amargo na boca e a estranha sensação de que já “tinha visto este filme”, lá fui mudar a água ao bacalhau e emudecer os alarmes angustiantes da bexiga.
Depois de lavar as mãos e de algum meditar, fui à estante buscar um Livro e fez-se luz no meu conturbado espirito.
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Os Lavradores e Pastores daquele País estavam a seguir, à letra, os conselhos do Protocolo dos Sábios do Sião. Vejamos só um exemplo do Capítulo V, Como tomar conta da opinião pública ?: “...O segundo (segredo) para governar com êxito, consiste em multiplicar de tal modo os defeitos do povo, os hábitos, as paixões, as regras de viver em Comum, que ninguém possa deslindar esse caos e que os homens acabem por não se entederem mais uns aos outros. Essa tática terá ainda como efeito lançar a discórdia entre todos os partidos, desunindo todas as forças colectivas que ainda não queiram submeter-se a nós; ela desanimará qualquer iniciativa, mesmo genial, e será mais poderosa do que os milhões de homens nos quais semeamos divergências...” .
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Só acrescento que, pela nova classificação de Países Mundiais inventada pelos Americanos (quando estavam a construír Guantanamo, e por lá já passaram muitos americanófilos e irão passar muitos mais), ou seja Países do Primeiro Mundo, do Segundo Mundo e do Terceiro Mundo, eu sei que o Senhor Bush disse que existiam, e que realmente existem, alguns países, como este com que sonhei, que não cabem em nenhuma destas categorias, pois já nem sequer chegam aos calcanhares das tradicionais Repúblicas das Bananas (que infelizmente continuam desclassificadas) – são, outrossim, países de Bananas, governados por Sacanas.
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Mas o diacho do sonho deu-me muito que pensar – tanto, que já não consegui reatar o sono e fui para a cozinha fazer uma dobrada à moda do Porto, com um tinto de Vinhais, petisco que sabe sempre bem a qualquer hora. Mesmo às cinco da manhã.
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Teria mesmo sido um Sonho ? ou reminiscências de memórias ? ou presciência futura ?
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“Qui sa, qui sa, qui sa”, como diria o Nat King Cole.

sábado

Viagem pelo Porto

Sempre Lisboa !!!

Quando os gelados não agradam .........

RECEITAS TRADICIONAIS ALENTEJANAS
O Alentejo é cheio de tradições e a cozinha tradicional alentejana é uma arte. Durante muitos séculos foram imaginadas, criadas e confeccionadas receitas que foram transmiti-das ao longo de várias gerações.
Noutros tempos a alimentação das famílias estava limitada ao que era cultivado, para além de que o trabalho exigia muito esforço físico e as refeições tinham alto valor calórico. Com o passar dos anos e com a mudança de hábitos da sociedade as necessidades nutri-cionais foram-se alterando, daí que podemos e devemos manter a nossa tradição, embora tenhamos de fazer algumas modificações, quer a nível da confecção de alguns pratos tradicionais, quer a nível da frequência com que os consumimos (não mais do que duas vezes por mês).


CONSELHOS PARA TORNAR AS RECEITAS MAIS SAUDÁVEIS

Quado a receita não contém produtos hortícolas pode acompanhar com salada ou legumes cozidos; Evite os refogados e os guisados, opte por colocar todos os alimentos em cru ao mesmo tempo; Prefira as receitas em que os alimentos são cozidos, grelhados ou estufados; Utilize ervas aromáticas e diminua a quantidade de sal utilizada; Retire as gorduras visíveis à carne e a pele das aves e do peixe; Opte sempre por consumir carnes magras; Diminua as quantidades de gordura que adiciona aos alimentos quando tempera e quando cozinha; Em vez de utilizar a gordura de confecção das carnes, deve usar o azeite; Prepare marinadas (vinho branco, ervas aromáticas, etc.) para que os alimentos fiquem mais saborosos; Para a confecção de sopas e outros cozinhados evite o uso de caldos con-centrados.

GASPACHO À ALENTEJANA
Ingredientes
3 dentes de alhos
½ colher de sopa de sal
2 colheres de sopa de azeite
4 colheres de sopa de vinagre
½ pepino
2 tomates bem maduros
1 pimento verde
1,5 L de água fria
200 g de pão duro
Orégãos q.b.

Modo de preparação:
Esmagam-se muito bem os dentes de alho num almofariz juntamente com o sal até se obter uma papa, que se coloca no fundo de uma terrina.
Rega-se com o azeite, o vinagre e junta-se os orégãos.
Pela-se o tomate e reduz-se a puré, que se adiciona ao preparado anterior. Em seguida corta-se em quadradinhos pequeninos, o pepino e o outro tomate, e o pimento em tiras fininhas. Introduzem-se na terrina, juntando-se de seguida a água fria.
Na altura de servir, junta-se o pão cortado em cubos pequenos e serve-se bem fresco.

SUGESTÕES:

Pode-se acompanhar com peixe grelhado em vez de peixe frito

quinta-feira

Earth Song - Michael Jackson



O vídeo é do single de maior sucesso de Michael Jackson no Reino Unido, que não foi nem "Billie Jean", nem "Beat it", e sim a ecológica "Earth Song", de 1996.
A letra fala de desmatamento, sobrepesca e poluição, e, por um pequeno detalhe, talvez você nunca terá a oportunidade de assistir na televisão.
O Detalhe: "Earth Song" nunca foi lançada como single nos Estados Unidos, historicamente o maior poluidor do planeta. Por isso a maioria de nós nunca teve acesso ao clip.
Ou seja, o que não passa nos EUA, não passa no resto do mundo. Só mostram o que lhes interessa e só assistimos ao que eles querem.
Veja, então, o que os americanos nunca mostraram de Michael Jackson.
Filmado na Africa, Amazonia, Croácia e New York.
Emocionante!

domingo

Perguntem a Cavaco Silva


Tenho umas perguntinhas a sugerir à nossa prestimosa comunicação social, que anda sempre com falta de assuntos e é muito distraída.

A quem é que Cavaco e a filha compraram, em 2001, 254 mil acções da SLN, grupo detentor do BPN?

O PR disse há tempos, em comunicado, que nunca tinha comprado nada ao BPN, mas «esqueceu-se» de mencionar a SLN, ou seja, o grupo que detinha o Banco.
Como as acções da SLN não eram transaccionadas na bolsa, a quem é que Cavaco as comprou?

  • À própria SLN?
    A algum accionista?
    Qual accionista? (Sobre este ponto, ver adiante.)
    Outra pergunta que não me sai da cachimónia:
    Como é que foi fixado o preço de 1 euro por acção?
    Atiraram moeda ao ar?
    Consultaram a bruxa?
    Recorreram a alguma firma especializada?
    Curiosamente, a transacção foi feita quando o BPN já cheirava a esturro, quando o Banco de Portugal já «andava em cima do BPN», ao ponto de Dias Loureiro (amigo dilecto de Cavaco e presidente do Congresso do PSD), ter ido, aliás desaconselhado por Oliveira e Costa, reclamar junto de António Marta, como este próprio afirmou e Oliveira e Costa confirmou.

  • Outra pergunta:
  • Cavaco pagou?
    E se pagou, fê-lo por transferência bancária, por cheque ou em cash? É importante saber se há rasto disso.
  • Passaram dois anos.
    Em carta de 2003 à SLN, Cavaco alegadamente «ordenou» a venda das suas acções, no que foi imitado pela filha. Da venda resultaram 72 mil contos de mais valias para ambos. Presumo que essas mais valias foram atempadamente declaradas ao fisco e que os respectivos impostos foram pagos.

Tomo isso como certo, nem seria de esperar outra coisa.

Uma coisa me faz aqui comichão nas meninges. Cavaco não podia «ordenar» a venda das acções (como disse atrás, não transaccionáveis na bolsa), mas apenas dizer que lhe apetecia vendê-las, se calhasse aparecer algum comprador para elas. A liquidez dessas «poupanças» de Cavaco era, com efeito, praticamente nula. Mas não é que o comprador apareceu prontamente, milagrosamente, disposto a pagar 1 euro e 40 cêntimos de mais valia por cada acção detida pela família Cavaco, quando as acções nem cotação tinham no mercado.

E quem foi o benemérito comprador, quem foi?

Com muito gosto esclareço, foi uma empresa chamada SLN Valor, o maior accionista da SLN.

Cito o Expresso online:

«Cavaco Silva e a filha deram ordem de venda das suas acções, em cartas separadas endereçadas ao então presidente da administração da SLN, José Oliveira Costa. Este determinou que as 255.018 acções detidas por ambos fossem vendidas à SLN Valor, a maior accionista da SLN, na qual participam os maiores accionistas individuais desta empresa, entre os quais o próprio Oliveira Costa.»

Ou seja, Oliveira e Costa praticamente ofereceu de mão beijada 72 mil contos de mais-valias à família Cavaco. E se foi Oliveira e Costa também a fixar o preço inicial de compra por Cavaco, então a coisa é perfeitamente clara.
Que terá acontecido entre 2001 e 2003 para as acções de uma empresa que andava a ser importunada pelo Banco de Portugal terem «valorizado» 140 %?
Falta, neste ponto, esclarecer várias coisas, a primeira das quais já vem de trás:

  1. a quem comprou Cavaco e a filha as acções?
  2. terá sido à própria SLN Valor, que depois as recomprou?
  3. porque decidiu Cavaco vendê-las? Não tendo elas cotação no mercado, Cavaco não podia a priori esperar realizar mais-valias.
  4. terá tido algum palpite, vindo do interior do universo SLN, só amigos e correligionários, para que vendesse, antes que a coisa fosse por água abaixo?
  5. terá sido cheiro a esturro no nariz de Cavaco? Isso é que era bom saber!
  6. porque quis a SLN Valor (re)comprar aquelas acções? Tinha poucas?
  7. como fixou a SLN valor o preço de compra, com uma taxa de lucro bruto para o vendedor de 140% em dois anos, a lembrar as taxas praticadas pela banqueira do povo D. Branca?

    E já agora, se Cavaco Silva é tão preocupado com a pobreza e a inclusão dos cidadãos mais desvalidos, por que não aufere apenas o ordenado de Presidente da República?!Será porque é mal pago e tem que acumular com as reformas de professor, do Banco de Portugal e de primeiro-ministro?!
    Se estivesse sinceramente preocupado com os pobres e a recuperação das finanças do Estado, não deveria e poderia dar o exemplo e renunciar às reformas enquanto estivesse no activo?!
Antes do Governo do dito senhor era assim, só se auferiam as reformas depois de deixar completamente o activo e os descontos eram englobados e pagas numa única prestação!

Que espera o professor para dar um exemplo de Catão como é o do seu apoiante Ramalho Eanes, o único que renunciou ao pagamento de muitos milhões que o Estado lhe devia?

Afinal o dinheiro de todos e que é dos nossos impostos tem um valor muito diferente, consoante a moral dos governantes sérios e dos que se governam …

Por hoje não tenho mais sugestões de perguntas à comunicação social.

sábado

O factor VARA


Ultimamente tenho sido industriado num conceito novo sobre a vida que é também uma filosofia de vida: ser "leve". Ser "leve" é o contrário de ser "pesado", é, parece, a capacidade de levar as coisas sempre de uma forma ligeira, de não se preocupar demasiadamente com nada nem dar demasiada importância a coisa alguma. Aconteça o que acontecer, façam o que fizerem, as pessoas "leves" levam tudo na despreocupada: nada deve ser suficientemente grave ou importante para que deixem de rir e de sorrir todo o tempo e em todas as circunstâncias. Trata-se de um conceito moderno e urbano, que a mim me deixa um pouco baralhado, até porque nos últimos anos tenho aprendido a preferir cada vez mais a chuva no campo do que os dias cinzentos na cidade. É verdade que os portugueses sorriem pouco e que sorrir faz bem à saúde e torna as pessoas mais bonitas. Mas lembro-me de a minha mãe dizer que os que vivem eternamente felizes e despreocupados, sempre a rir ou a sorrir, ou são parvos ou são inconscientes. Sim, porque é difícil distinguir onde acabam as virtudes de ser "leve" e começa a estupidez de ser leviano. A fronteira não é clara e há-de ser estreita.

Mas de uma coisa estou certo: só se pode levar as coisas numa "leve" quando se tem condições para tal. Quem vive em quadros de miséria e carência, quem tem da vida urbana uma paisagem de subúrbios desumanizados, quem tem problemas sérios de saúde, quem viu morrer um filho ou alguém muito próximo e amado, quem viu morrer uma após outra todas as ilusões, ou não é "leve" ou anda a Prozac. Poder ser "leve" é um privilégio, não toca a todos.

Mas tenho andado a pensar seriamente no assunto - tentando, claro, pensar de uma forma "leve", para que faça sentido. Muita gente, e leitores meus, acham que eu me indigno vezes de mais com coisas de mais. Não valeria a pena. Há um tipo que escreve sobre mim num blogue e que se irrita sobremaneira com o que ele acha ser a minha indignação permanente e traça de mim um retrato, até físico, que me deixa abalado. Preocupam-me, então, duas coisas: a minha recorrente indignação, tal como ele a descreve, e o facto de a minha indignação acarretar a indignação dele. Vou tentar mudar, a bem dos dois.

Em vez de dizer que as coisas me indignam ou revoltam, vou passar a dizer suavemente que elas me deprimem. Por exemplo: a história de Armando Vara, promovido ao nível máximo de vencimento na Caixa Geral de Depósitos e para efeitos de reforma futura, depois de já estar há dois meses a trabalhar na concorrência do BCP, é uma história que me deprime. Não, não, acreditem que, apesar de isto envolver o dinheiro que pago em impostos, esta história não me revolta nem me indigna, apenas me deprime. E de forma leve. Eu explico.

Toda a 'carreira', se assim lhe podemos chamar, de Armando Vara, é uma história que, quando não possa ser explicada pelo mérito (o que, aparentemente, é regra), tem de ser levada à conta da sorte. Uma sorte extraordinária. Teve a sorte de, ainda bem novo, ter sentido uma irresistível vocação de militante socialista, que para sempre lhe mudaria o destino traçado de humilde empregado bancário da CGD lá na terra. Teve o mérito de ter dedicado vinte anos da sua vida ao exaltante trabalho político no PS, cimentando um currículo de que, todavia, a nação não conhece, em tantos anos de deputado ou dirigente político, acto, ideia ou obra que fique na memória. Culminou tão profícua carreira com o prestigiado cargo de ministro da Administração Interna - em cuja pasta congeminou a genial ideia de transformar as directorias e as próprias funções do Ministério em Fundações, de direito privado e dinheiros públicos. Um ovo de Colombo que, como seria fácil de prever, conduziria à multiplicação de despesa e de "tachos" a distribuir pela "gente de bem" do costume. Injustamente, a ideia causou escândalo público, motivou a irritação de Jorge Sampaio e forçou Guterres a dispensar os seus dedicados serviços. E assim acabou - "voluntariamente", como diz o próprio - a sua fase de dedicação à causa pública. Emergiu, vinte anos depois, no seu guardado lugar de funcionário da CGD, mas agora promovido por antiguidade ao lugar de director, com a misteriosa pasta da "segurança". E assim se manteve um par de anos, até aparecer também subitamente licenciado em Relações Qualquer Coisa por uma também súbita Universidade, entretanto fechada por ostensiva fraude académica. Poucos dias após a obtenção do "canudo", o agora dr. Armado Vara viu-se promovido - por mérito, certamente, e por nomeação política, inevitavelmente - ao lugar de administrador da CGD: assim nasceu um banqueiro. Mas a sua sorte não acabou aí: ainda não tinha aquecido o lugar no banco público, e rebentava a barraca do BCP, proporcionando ao Governo socialista a extraordinária oportunidade de domesticar o maior banco privado do país, sem sequer ter de o nacionalizar, limitando-se a nomear os seus escolhidos para a administração, em lugar dos desacreditados administradores de "sucesso". A escolha caiu em Santos Ferreira, presidente da CGD, que para lá levou dois homens de confiança sua, entre os quais o sortudo dr. Vara. E, para que o PSD acalmasse a sua fúria, Sócrates deu-lhes a presidência da CGD e assim a meteórica ascensão do dr. Vara na banca nacional acabou por ser assumida com um sorriso e um tom "leve".

Podia ter acabado aí a sorte do homem, mas não. E, desta vez, sem que ele tenha sido tido ou achado, por pura sorte, descobriu-se que, mesmo depois de ter saído da CGD, conseguiu ser promovido ao escalão máximo de vencimento, no qual vencerá a sua tão merecida reforma, a seu tempo. Porque, como explicou fonte da "instituição" ao jornal "Público", é prática comum do "grupo" promover todos os seus administradores-quadros ao escalão máximo quando deixam de lá trabalhar. Fico feliz por saber que o banco público, onde os contribuintes injectaram nos últimos seis meses mil milhões de euros para, entre outros coisas, cobrir os riscos do dinheiro emprestado ao sr. comendador Berardo para ele lançar um raide sobre o BCP, onde se pratica actualmente o maior spread no crédito à habitação, tem uma política tão generosa de recompensa aos seus administradores - mesmo que por lá não tenham passado mais do que um par de anos. Ah, se todas as empresas, públicas e privadas, fossem assim, isto seria verdadeiramente o paraíso dos trabalhadores!

Eu bem tento sorrir apenas e encarar estas coisas de forma leve. Mas o 'factor Vara' deixa-me vagamente deprimido. Penso em tantos e tantos jovens com carreiras académicas de mérito e esforço, cujos pais se mataram a trabalhar para lhes pagar estudos e que hoje concorrem a lugares de carteiros nos CTT ou de vendedores porta a porta e, não sei porquê, sinto-me deprimido. Este país não é para todos.

P.S. - Para que as coisas fiquem claras, informo que o sr. (ou dr.) Armando Vara tem a correr contra mim uma acção cível em que me pede 250.000 euros de indemnização por "ofensas ao seu bom nome". Porque, algures, eu disse o seguinte: "Quando entra em cena Armando Vara, fico logo desconfiado por princípio, porque há muitas coisas no passado político dele de que sou altamente crítico". Aparentemente, o queixoso pensa que por "passado político" eu quis insinuar outras coisas, que a sua consciência ou o seu invocado "bom nome" lhe sugerem. Eu sei que o Código Civil diz que todos têm direito ao bom nome e que o bom nome se presume. Mas eu cá continuo a acreditar noutros valores: o bom nome, para mim, não se presume, não se apregoa, não se compra, nem se fabrica em série - ou se tem ou não se tem. O tribunal dirá, mas, até lá e mesmo depois disso, não estou cativo do "bom nome" do sr. Armando Vara. Era o que faltava!

Lisboa......

quinta-feira

Lisboa (muito antiga)



Fotos muito antigas de Lisboa, convertidas em video.
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quarta-feira

Receitas para os Amigos ........

Gelado de Doce de Leite

Ingredientes

1 Pacote de Bolacha-Maria (200gr)

Produtos Nestlé
1 lata de Doce de Leite Condensado Cozido NESTLÉ
4 dl Natas LONGA VIDA

Preparação
1.Bater as natas até obter ponto 'chantilly' (sem adicionar açúcar).
2.Juntar Doce de Leite Condensado Cozido NESTLÉ
3. Picar a Bolacha Maria.
4. Misturar tudo ou colocar metade da mistura (natas mais Doce de Leite Condensado Cozido NESTLÉ), cobrir com a bolacha e adicionar o resto da mistura.
5. Levar ao congelador.
Nota: Se preparado na véspera, deve retirar-se do congelador uma hora antes de servir.

Bavarois de Leite Condensado e Natas


Preparação
Coloque a gelatina de molho em água fria.

Reduza as bolachas a farinha.

Deite o leite condensado num tacho e leve ao lume até levantar fervura. Retire do lume, junte-lhe a gelatina escorrida, mexa bem e deixe arrefecer.

Bata as natas em chantilly (sem juntar açúcar).

Bata as claras em castelo, junte-lhes o açúcar, a pouco e pouco, batendo sempre até o preparado ficar brilhante e, nessa altura, adicione-lhe as natas batidas e a mistura de leite condensado e gelatina.

Passe uma forma por água fria. Cubra o fundo com uma camada de bolacha moída e sobre esta disponha uma camada de mistura de leite condensado. Repita esta operação alternando as camadas de bolacha com o preparado de leite condensado, terminando com este último.

Leve a forma ao frio até a bavarois solidificar. Desenforme, decore a gosto e sirva de imediato.

Nº de Pessoas : 6
Tempo de Preparação : 50 min
Dificuldade: *

Os intocáveis


Os intocáveis

O processo Face Oculta deu-me, finalmente, resposta à pergunta que fiz ao ministro da Presidência Pedro Silva Pereira - se no sector do Estado que lhe estava confiado havia ambiente para trocas de favores por dinheiro. Pedro Silva Pereira respondeu-me na altura que a minha pergunta era insultuosa.
Agora, o despacho judicial que descreve a rede de corrupção que abrange o mundo da sucata, executivos da alta finança e agentes do Estado, responde-me ao que Silva Pereira fugiu: Que sim. Havia esse ambiente. E diz mais. Diz que continua a haver. A brilhante investigação do Ministério Público e da Polícia Judiciária de Aveiro revela um universo de roubalheira demasiado gritante para ser encoberto por segredos de justiça.
O país tem de saber de tudo porque por cada sucateiro que dá um Mercedes topo de gama a um agente do Estado há 50 famílias desempregadas. É dinheiro público que paga concursos viciados, subornos e sinecuras. Com a lentidão da Justiça e a panóplia de artifícios dilatórios à disposição dos advogados, os silêncios dão aos criminosos tempo. Tempo para que os delitos caiam no esquecimento e a prática de crimes na habituação. Foi para isso que o primeiro-ministro contribuiu quando, questionado sobre a Face Oculta, respondeu: "O Senhor jornalista devia saber que eu não comento processos judiciais em curso (...)". O "Senhor jornalista" provavelmente já sabia, mas se calhar julgava que Sócrates tinha mudado neste mandato. Armando Vara é seu camarada de partido, seu amigo, foi seu colega de governo e seu companheiro de carteira nessa escola de saber que era a Universidade Independente. Licenciaram-se os dois nas ciências lá disponíveis quase na mesma altura. Mas sobretudo, Vara geria (de facto ainda gere) milhões em dinheiros públicos. Por esses, Sócrates tem de responder. Tal como tem de responder pelos valores do património nacional que lhe foram e ainda estão confiados e que à força de milhões de libras esterlinas podem ter sido lesados no Freeport.
Face ao que (felizmente) já se sabe sobre as redes de corrupção em Portugal, um chefe de Governo não se pode refugiar no "no comment" a que a Justiça supostamente o obriga, porque a Justiça não o obriga a nada disso. Pelo contrário. Exige-lhe que fale. Que diga que estas práticas não podem ser toleradas e que dê conta do que está a fazer para lhes pôr um fim. Declarações idênticas de não-comentário têm sido produzidas pelo presidente Cavaco Silva sobre o Freeport, sobre Lopes da Mota, sobre o BPN, sobre a SLN, sobre Dias Loureiro, sobre Oliveira Costa e tudo o mais que tem lançado dúvidas sobre a lisura da nossa vida pública. Estes silêncios que variam entre o ameaçador, o irónico e o cínico, estão a dar ao país uma mensagem clara: os agentes do Estado protegem-se uns aos outros com silêncios cúmplices sempre que um deles é apanhado com as calças na mão (ou sem elas) violando crianças da Casa Pia, roubando carris para vender na sucata, viabilizando centros comerciais em cima de reservas naturais, comprando habilitações para preencher os vazios humanísticos que a aculturação deixou em aberto ou aceitando acções não cotadas de uma qualquer obscuridade empresarial que rendem 147,5% ao ano. Lida cá fora a mensagem traduz-se na simplicidade brutal do mais interiorizado conceito em Portugal: nos grandes ninguém toca.
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terça-feira

Seria Loucura ......

Odiar todas as rosas

Porque uma te espetou...
Entregar todos os teus sonhos
Porque um deles não se realizou...
Perder a fé em todas as orações
Porque numa não foste atendido...
Perder a fé em todas as orações
Porque numa não foste atendido...
Condenar todas as amizades
Porque uma te traiu...
Descrer de todo amor
Porque um deles te foi infiel...

Jogar fora todas as chances de ser feliz
Porque uma tentativa não deu certo....
Espero que na tua caminhada
Não cometa estas loucuras.
Há uma outra C h a n c e
Uma outra Amizade
Um outro Amor
Uma nova F o r ç a
É só ser p e r s e v e r a n t e e
Procurar ser mais f e l i z a cada dia
A glória não consiste em jamais cair, mas sim de erguer-se toda vez que for necessário !
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TENHAM UM LINDO DIA

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