Amor é
Abraça-me, meu amor
Segura-me a ti
Para que eu não possa fugir
Para que eu, sem ter outro fim
Aprenda a amar-te
Até que só conheça o teu rosto
Só conhecer o teu sorriso
A tua voz
O teu cheiro
As tuas mãos
Teus gestos
O teu vulto
Quando assim for, serei feliz
Feliz serei,
Sabendo que o meu corpo
Se diluiu no teu
Que de igual modo se diluiu comigo
Que mesmo sendo um só, não haja dor
Quando um de nós tiver de partir
Pois ao desaparecer o rosto
O sorriso
A voz
O cheiro
As mãos
Os gestos
O vulto
Deixou o conhecimento, a viver
Dentro do que por cá continuou
Paulo de Oliveira
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