sexta-feira

Eu sou o Alentejo!

Eu sou o Alentejo
Precisava de ser todo lavrado,
Remexido, revolvido e depois ressemeado.
Precisava que me passassem o arado,
Enterrassem os seus dentes profundos,
Profundamente, a ver se a coisa toda mexia
E eu reaparecia diferente.
A ver se renascia nov...o e mais viçoso,
Se começava pequenino e verdinho
E depois crescia saudável,
quiçá mais amável,
Forte e,
principalmente, mais amoroso.
Teria mais uma vida,mais uma oportunidade,
Outra hipótese de mostrar humanidade.
 E resultaria?
Renasceria outro? Diferente?
Não rebentariam as mesmas confusões?
Afinal é sempre a mesma terra,
 o mesmo ingrediente
Apenas mudam as estações.
Mesmo assim precisava de ser lavrado,
Independentemente do resultado.

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